A CNM/CUT esteve presente nesta terça-feira (12) no lançamento da versão em português do livro “Superar a pobreza”, de autoria do presidente da China, Xi Jinping. O evento, que ocorreu no Rio de Janeiro e teve a participação da Embaixada da China no Brasil e do Instituto Lula, antecede a chegada do presidente chinês ao Brasil, onde ele participará da Cúpula do G20, encontro que reúne líderes das principais economias do mundo e está marcado para os dias 18 e 19 de novembro.
Com o objetivo de estreitar ainda mais os laços da parceria Brasil-China e compartilhar a experiência chinesa na erradicação da extrema pobreza, a edição em português é uma coletânea de textos de Xi, escritos entre 1988 e 1990, período em que ele liderava a sub-região de Ningde, na província de Fujian. A experiência chinesa traz uma lógica de industrialização e desenvolvimento econômico centrado no povo e na comunidade.
O presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, representaram os metalúrgicos CUTistas.
Para Loricardo, é importante aumentar a interlocução entre Brasil e China e também trazer o exemplo de como o país asiático enfrentou o problema da pobreza e usar isso como exemplo no Brasil, envolvendo também o interesse dos trabalhadores no assunto.
Segundo o dirigente, superar a pobreza é algo que a China vem há muito tempo já construindo e que é preciso construir do jeito brasileiro. E é importante a agenda que a CNM/CUT está marcando com a embaixada da China em Brasília, para discutir as relações de trabalho dessas empresas chinesas que estão se instalando no Brasil.
“Nós precisamos na verdade fazer com que a pobreza diminua no Brasil, e a China tem que ter esse entendimento de que nós não podemos só ser apenas exportadores de commodities. Nós precisamos trabalhar a indústria de transformação, seja ela automotiva ou não, e não apenas montadoras, mas aqueles que fabricam peças. Estamos falando aqui de máquinas, estamos falando da tecnologia, mas estamos falando principalmente do trabalho, das relações de trabalho, e dessa aproximação que nós precisamos ter com a China nesse sentido”, disse o presidente da CNM/CUT.
Moisés Selerges destacou a experiência que a China, um país gigante e com bilhões de habitantes, tem no combate à pobreza e que esse tema tem que estar presente nas ações dos sindicatos brasileiros.
“É importante que os sindicatos participem dessas atividades porque nós queremos também que o Brasil seja um país que saia do mapa da fome mais uma vez. Os trabalhadores, a CNM/CUT e os sindicatos têm um papel fundamental nisso. Então é bom você está tendo experiências para que a gente possa implementar, propor políticas aqui para que a gente possa superar esse problema trágico da humanidade”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.