Notícia - Jovens trabalhadores das Américas discutem trabalho digno e sindicalismo em Honduras

A juventude trabalhadora das Américas unida frente aos desafios globais do trabalho. Nos dias 25, 26 e 27 de novembro, jovens representantes de diversas organizações sindicais de todo o continente americano estiveram reunidos na cidade de San Pedro Sula, em Honduras, para o Segundo Encontro Continental da Juventude Trabalhadora das Américas. 

Promovido pela Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas (CSA-TUCA), pelo Comitê de Juventude Trabalhadora das Américas (CJTA), pela Confederação Unitária de Trabalhadores de Honduras (CUTH), entre outros, o evento buscou enfatizar a importância da juventude no fortalecimento das lutas sindicais, dialogando questões como trabalho digno, justiça social e democracia. 

O coordenador do Coletivo de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Luiz Felipe Krehan, esteve no evento representando os jovens educadores do Brasil e o trabalho realizado pela CNTE de engajamento e fortalecimento desses trabalhadores. 

"Tivemos muitas atividades de discussão sobre o que nos une, o contexto do jovem trabalhador na América Latina e no mundo, e a compreensão de que nossas realidades são muito parecidas... como tudo acontece de modo semelhante em todos os países", compartilhou o dirigente.

Segundo reforçou o CJTA, o encontro foi um modo de consolidar o movimento da juventude trabalhadora do continente, dando voz aos jovens que compõem de forma articulada outras organizações aliadas em debates e na ação sobre temas de sensibilidade política, feminismo, práticas políticas, crise climática e ambiental, bem como outros assuntos voltados para o mundo do trabalho digno e justo. 

Além da CNTE, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), representada pela secretária Nacional de Juventude e presidenta da Juventude da CSA, Cristiana Paiva Gomes, e dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Amapá (Sintraf AP) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), marcaram a participação dos jovens trabalhadores brasileiros no evento. 

Três blocos conduziram os debates do encontro. Foram eles:

I- A organização e centralidade das juventudes no processo de fortalecimento e transformação do sindicalismo sociopolítico;

II - A defesa da justiça social, trabalho docente e liberdade sindical dos jovens trabalhadores; e 

III- As juventudes trabalhadores como protagonistas no papel dos sindicatos, como atores da democracia e dos direitos humanos.

“Todos os sindicatos e centrais sindicais dos países presentes também tiveram a oportunidade de compartilhar as suas campanhas e trabalhos. Nós da CNTE apresentamos um vídeo bonito, em espanhol, sobre a nossa pesquisa sobre a juventude educadora, o curso de formação e o concurso ‘Juventude que Muda a Educação Brasileira’”, destacou Luiz. 

Ao final, foi construída uma carta compromisso que elucida a necessidade da inclusão dos jovens no sindicato e a importância de estratégias para atrair e dar mais espaço aos jovens trabalhadores, para que esses tenham os seus sindicatos como uma ferramenta de luta social e de promoção à igualdade. 

“Esse documento vai ser enviado para aprovação da comissão executiva da CSA, em Buenos Aires, e será encaminhado, mais tarde, para o Congresso da CSA que será realizado em 2026”, explicou Luiz.

 

 

 


Fonte:  Redação CNTE - 29/11/2024


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