A luta contra os aumentos nas tarifas de transporte público volta à pauta nesta semana. Desta vez, além de São Paulo (SP), haverá também manifestações no Rio de Janeiro (RJ) e em Recife (PE).
Na capital paulista, dois atos estão programados. O primeiro, encabeçado pelo bloco autônomo das entidades estudantis, acontece na terça-feira (14), a partir das 17h, com concentração em frente ao Teatro Municipal.
Já quinta (16), São Paulo volta a receber uma manifestação organizada pela movimento Passe Livre. O local de concentração e o horário são os mesmos do protesto anterior: Teatro Municipal, às 17h.
Os cariocas não vão ficar da luta contra o aumento das passagens.. Nesta segunda (13), às 17h, a Concha Acústica da UERJ irá sediar a plenária organizativa para a primeira manifestação sobre o tema em 2025..
No Recife, os manifestantes também irão se reunir nesta segunda em uma plenária aberta contra o aumento da tarifa e a precarização do transporte público. O encontro ocorre às 19h, na Sede da UESPE.
Aumento nas passagens
2025 começou com reajustes em tarifas de transporte coletivo público em ao menos sete capitais: Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA).
O maior reajuste percentual, até o momento, é de Florianópolis, com uma alta de 15% nos preços. A capital de Santa Catarina ocupa o posto de cidade com a tarifa mais cara do país. A depender da forma de pagamento a passagem chega a R$ 6,90.
A população que vive nas periferias e depende do transporte público, segue sendo as principais vítimas das tarifas cada vez mais altas O gasto com transporte já consome quase um terço do orçamento familiar mensal.
Este novo aumento abusivo, que restringe o direito das pessoas à cidade, também é consequência direta da política de privatizações. O objetivo é trazer sempre mais lucro aos empresários do setor, ainda que custe cada vez mais à classe trabalhadora.
A luta é o caminho
O transporte público gratuito é viável e há inúmeros estudos que comprovam. Tarifa zero é possível e sustentável, mas os governos preferem investir em subsídios para os empresários.
A privatização do transporte público também promove um sistema cada vez mais sucateado, ameaçando a vida da população e dos trabalhadores das empresas de transporte público.
Por isso, a CSP-Conlutas convoca a todas entidades filiadas a engrossarem as fileiras das mobilizações contra o aumento das tarifas e a política de privatização dos direitos básicos. Todos às ruas!