Metalúrgicos da Winoa, em Jacareí, estão mobilizados contra mudanças no plano de saúde anunciadas pela fábrica. Em assembleia, nesta sexta-feira (10), eles aprovaram o estado de greve para exigir que a empresa recue da decisão.
A Winoa pretende implementar a taxa de coparticipação no convênio médico, que não é cobrada atualmente. Com isso, os trabalhadores teriam de desembolsar dinheiro toda vez que precisassem usar algum serviço.
O desconto começaria ainda em janeiro, com percentual escalonado conforme o seguinte cronograma, ao qual o Sindicato teve acesso:
- Janeiro: repasse de 25% do valor da coparticipação
- Março: repasse de 50% do valor da coparticipação
- Maio: repasse de 100% do valor da coparticipação
Em alguns procedimentos, como internação, a coparticipação integral é de R$ 346,95. Os atendimentos em pronto-socorro têm taxa de coparticipação de R$ 135,53.
“São valores muito altos para os trabalhadores, que têm baixos salários. A decisão da Winoa é arbitrária e unilateral, já que não houve negociação com o Sindicato. Por isso, o aviso está dado: se a empresa não recuar, pode haver paralisação”, explica o diretor do Sindicato Lucas Francelino.
O aviso de greve foi protocolado junto à direção da fábrica também nesta sexta. A medida antecede uma paralisação.
A Winoa emprega cerca de 60 metalúrgicos e trabalha com fundição.