A União Geral dos Trabalhadores (UGT) manifesta sua total indignação e repúdio à tentativa da empresa 99 de implementar o serviço de mototáxi na cidade de São Paulo. Essa medida desconsidera o impacto sobre a saúde pública e os riscos envolvidos no trânsito da capital paulista, que já enfrenta índices alarmantes de violência no trânsito, especialmente para motociclistas.
"São Paulo é uma cidade que tem um trânsito extremamente violento, principalmente para quem está de moto. A empresa que já não quer cumprir suas obrigações trabalhistas agora não se importa com o problema grave de saúde pública que essa atitude pode gerar", destacou Ricardo Patah, presidente da UGT.
Dados recentes reforçam a gravidade do tema. Segundo o Infosiga, em novembro de 2024 foi registrado um aumento significativo nas mortes de motociclistas na cidade. O Instituto de Traumatologia e Ortopedia da USP também alertou para o aumento no número de motociclistas que sofreram sequelas permanentes devido a acidentes. Esses números não apenas expõem a vulnerabilidade dos motociclistas, mas também evidenciam o peso que esses acidentes representam para o sistema de saúde pública, que lida com a sobrecarga no atendimento a vítimas de traumas.
O Sindicato dos Motociclistas de São Paulo (SindimotoSP) reforça a posição contrária ao serviço de mototáxi. A entidade destaca que essa modalidade de transporte, além de aumentar o número de vítimas em acidentes de trânsito, deixa motociclistas e passageiros desamparados em caso de sinistros. "A insistência da 99 com esse serviço só aumentará o número de vítimas, além de, nos acidentes, deixar motociclistas e passageiros na mão, arcando com os custos ou, muitas vezes, com a própria vida", declarou o sindicato.
A UGT também denuncia a conduta recorrente de empresas de transporte por aplicativo, que frequentemente desrespeitam as obrigações trabalhistas e não oferecem garantias mínimas de segurança e estabilidade aos seus trabalhadores. Essa proposta de mototáxi demonstra mais uma vez a falta de compromisso social dessas empresas, que colocam o lucro acima da vida.
É fundamental que o poder público atue de forma rigorosa para impedir a implementação desse serviço, que coloca em risco a vida de milhares de paulistanos. A UGT seguirá mobilizada para defender a segurança dos trabalhadores e da população em geral, além de lutar contra práticas empresariais irresponsáveis e que desrespeitam as normas de trabalho e segurança.
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