Enquanto as assembleias das empresas do Sistema Petrobrás aprovaram as propostas de PLR realizadas pela Petrobrás, os trabalhadores e trabalhadoras da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A (TBG) rejeitaram a proposta.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e os sindicatos que representam os trabalhadores da empresa, entre os que se encontra o Sindipetro Unificado, solicitaram uma reunião com a nova presidenta da TBG e emitiram um comunicado conjunto. No documento, afirmam que “os trabalhadores acreditam que a proposta da TBG não garante efetivamente o que diz garantir como piso, já que diversas metas é sabido que não seriam atingidas, o que faz com que, mesmo na hipótese de todos os empregados atingirem plenamente suas metas individuais, não será paga a PLR cheia”.
Além disso, denunciam que a TBG não tem realizado com regularidade o processo de avanço de nível e promoção, acarretando uma defasagem salarial com relação à controladora, situação agravada no caso dos novos empregados, que estão entrando vários níveis abaixo dos pares que entram na controladora.
O comunicado afirma que a TBG “precisa se alinhar à Petrobrás e caminhar rumo à isonomia do Sistema como um todo”. No dia 14 de janeiro, os trabalhadores e trabalhadoras da TBG realizaram uma plenária virtual nacional, que contou com uma ampla participação, por momentos superior a cem pessoas, o que representa quase um terço do efetivo da empresa.
Horas antes da reunião, a TBG realizou uma nova proposta, que incluiu o adiantamento do pagamento, que seria realizado um mês antes, e o acréscimo de um abono de mil reais para todos os trabalhadores. A recepção na plenária não foi boa e se espera que os trabalhadores voltem a rejeitar a proposta, que consideram insuficiente. As justificativas para o rebaixamento da PLR, como o limite de 6,25% do lucro líquido para toda a remuneração variável (PLR+PRD) e custos de treinamento, não convenceram os trabalhadores, tendo em vista as negociações das outras subsidiárias.
Além do piso salarial, abaixo da Petrobrás e suas subsidiárias e a contratação em funções equivalentes porém com salário mais baixo, os empregados estão descontentes com a forma em que a avaliação do desempenho é realizada e a enxergam como pouco transparente e subjetiva, o que aproxima a PLR do PRD.
O Sindipetro Unificado realizará assembleias para a rejeição da nova proposta e continua reivindicando uma negociação com a gestão da empresa para avançar numa proposta justa para os trabalhadores e trabalhadoras, e para construir uma TBG forte e integrada ao Sistema Petrobrás.