Os protestos são uma resposta aos contínuos ataques do governo indiano aos direitos dos trabalhadores, incluindo a proposta de implementação de leis trabalhistas anti-trabalhadores.

Os sindicatos indianos têm consistentemente levantado preocupações sobre a deterioração das condições econômicas e a erosão dos direitos constitucionais e democráticos sob o atual governo. Em comunicado à imprensa emitido em 7 de janeiro, os líderes sindicais condenaram as políticas anti-trabalhadores do governo, incluindo privatização, desinvestimento de empresas e serviços públicos e a recusa em restaurar o antigo regime de previdência.

Os sindicatos estão particularmente alarmados com a próxima sessão orçamentária, que temem priorizar os interesses corporativos às custas da classe trabalhadora. Eles também alertam que as controversas leis trabalhistas promulgadas em 2020, que foram paralisadas devido à resistência em massa dos trabalhadores, provavelmente serão aplicadas este ano. Os sindicatos estão determinados a intensificar sua luta para impedir sua implementação.

A plataforma conjunta está pedindo aos trabalhadores de toda a Índia que lancem uma determinada resistência contra as políticas injustas do governo, incluindo a notificação de novos códigos trabalhistas. Uma série de manifestações de protesto de âmbito nacional ocorrerá, culminando com uma greve geral, cuja data ainda será anunciada.

O Secretário Geral do IndustriALL Global Union, Atle Høie, expressou forte solidariedade aos sindicatos indianos, afirmando:

“IndustriALL elogia a determinação dos sindicatos indianos em sua luta contra políticas injustas do governo. A resiliência e a unidade da classe trabalhadora da Índia servem de inspiração para os sindicatos em todo o mundo. Exortamos o Governo da Índia a respeitar os direitos dos trabalhadores, a se envolver em um diálogo significativo com os sindicatos e a garantir que as leis trabalhistas se alinhem aos padrões internacionais de trabalho.”