O número de palestinos assassinados por Israel em Gaza foi corrigido pelas autoridades na segunda-feira (3). A cifra que estava em pouco mais de 47 mil mortes, na verdade, é estimada em pelo 62 mil óbitos em virtude dos bombardeios, doenças e a fome.
O número divulgado ainda leva em conta os mais de 14 mil que continuam desaparecidos sob os escombros ou simplesmente foram desintegrados devido à força das explosões provocadas pelos sionistas.
O Departamento de Informações de Gaza também anunciou que apenas 76% dos corpos foram recuperados, sendo possível assim realizar o reconhecimento. Já os feridos são pelo menos 112 mil.
Entre os mortos chama atenção a letalidade do exército de Israel contra as crianças palestinas. Em 15 meses de genocídio em Gaza, foram mortas 17.500 crianças, sendo destas, 214 recém-nascidos.
Desde outubro de 2023, mais de dois milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, tendo de mudar de local por pelo menos 25 vezes. Com isso, as condições básicas de saúde também deterioram-se.
Fase 2 do cessar-fogo
As negociações sobre a Fase 2 do cessar-fogo deverão ser retomadas nos próximos dias. Com o Catar, Egito e Estados Unidos como mediadores, o objetivo desta fase é por um fim permanente aos ataques de Israel em Gaza.
Os sionistas têm desrespeitado o acordo e assassinado palestinos desde o primeiro dia do cessar-fogo. A extrema direita israelense também pressiona para que os ataques continuem, apesar do acordo.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que tem um mandado de prisão contra seu nome no Tribunal Penal Internacional, será o primeiro líder de estado a visitar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste segundo mandato.
EUA contra agência de refugiados
Nesta semana, Trump também afirmou que pretende retirar os EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU, além de estender o corte de fundos à UNRWA, a agência para refugiados palestinos.
Banida por Netanyahu no contexto do genocídio em Gaza, a UNRWA é a principal agência de distribuição de ajuda humanitária em casa, sendo responsável também pelos abrigos temporários e escolas da região.
Mortes na Cisjordânia
Assim que o cessar-fogo em Gaza foi alcançado, Israel voltou suas armas para a Cisjordânia, em especial à cidade de Jenin, onde mais de 20 mil pessoas já tiveram de abandonar suas casas.
Há dezenas de mortos devido aos ataques israelenses e grande parte da estrutura da cidade tem sido destruída pelo exército sionista. Além disso, também tem aumentado a violência dos colonos judeus contra os palestinos.
É preciso continuar na luta!
A CSP-Conlutas continua denunciando o projeto sionista de limpeza étnica na Palestina. É fundamental continuarmos nas ruas para denunciar a tentativa de apagar os palestinos do mapa, tendo inclusive o governo brasileiro como cúmplice.
É preciso romper todo e qualquer tipo de relação com Israel, em especial os acordos comerciais e o fornecimento do petróleo que alimenta a máquina de guerra israelense. Basta de genocídio. Palestina Livre do Rio ao Mar.