Resultado da luta da classe trabalhadora e do movimento sindical, o projeto que reduz a jornada máxima de trabalho semanal de 40 para 37,5 horas sem redução de salário foi aprovado pelo Conselho de Ministros do governo da Espanha. A medida segue um acordo firmado com dois principais sindicatos de trabalhadores, a Confederação Sindical de Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) em dezembro do ano passado. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Espanhol. O governo de Pedro Sánchez, no entanto, está confiante na vitória.
O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), Erick Silva, parabenizou os trabalhadores e o movimento sindical espanhol pela vitória.
“Os espanhóis estão de parabéns por esse processo, que só pode avançar através de muita luta e mobilização. É uma grande conquista que serve de exemplo para os anseios da classe trabalhadora em todo mundo. A redução de jornada é o caminho a ser seguido e, por aqui, nós também estamos trabalhando para garantir esse benefício.”
Erick destaca que a FEM-CUT/SP luta pela redução de jornada sem redução de salário, sendo inclusive eixo das negociações das Campanhas Salariais da entidade.
“Nas mesas de negociação com as bancadas patronais, o tema é sempre pautado e cobrado para que tenhamos avanços nesse sentido. Ainda temos a resistência dos empresários, mas diversas experiências e conquistas mostram que a redução de jornada só traz benefícios”, afirma.
Na base da FEM-CUT/SP, diversos acordos foram negociados e firmados, garantindo a redução de jornada para 40 horas semanais e o fim da escala 6×1. Os acordos, além de garantir mais qualidade de vida e tempo livre para os trabalhadores, mantiveram 100% dos salários dos trabalhadores.
“Em fábricas da base dos Sindicatos filiados à nossa Federação, esses acordos se mostraram bem sucedidos, melhorando a produtividade e fazendo grande diferença na vida dos trabalhadores. Assim como na Espanha, as negociações dos nossos sindicatos servem de parâmetro para continuarmos buscando a ampliação da redução de jornada na categoria”, aponta Max Pinho, secretário-geral da entidade.
No Brasil, a FEM-CUT/SP acompanha e apoia propostas como da deputada federal Érika Hilton (Psol), vinda do Movimento Vida Além do Trabalho, que visa acabar com a jornada 6×1, além das iniciativas dos deputados federais Vicente Paulo da Silva – Vicentinho (PT), do deputado Reginaldo Lopes (PT) e do senador Paulo Paim (PT), que lutam no Congresso Nacional por projetos que reduzem a jornada sem a redução de salários.