Na manhã desta sexta-feira (7), o jornalista e analista político com atuação nos movimentos populares, Igor Felippe Santos, esteve na sede da Força Sindical.
No encontro, com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres e da UGT, Ricardo Patah, Igor apresentou a proposta de um Plebiscito em defesa da redução de jornada de trabalho, da isenção de imposto aos trabalhadores(as) que recebem até 5mil e da taxação dos super ricos.
De acordo com Igor, a consulta popular, idealizada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, deve acontecer em setembro. Ele explicou ainda que a campanha para o plebiscito está prevista para iniciar entre fevereiro e março, com o evento principal programado para setembro. “O plebiscito visa mobilizar mais de 50 milhões de brasileiros e brasileiras”, acrescentou.
Este plebiscito busca abordar duas questões centrais:
- Jornada de trabalho: A primeira pergunta se refere ao fim da escala 6×1, uma demanda que ganhou força no ano anterior devido às jornadas exaustivas enfrentadas pelos trabalhadores. A proposta é reduzir a jornada de trabalho como parte de uma campanha mais ampla para melhorar as condições laborais.
- Taxação das grandes fortunas: A segunda questão aborda a necessidade de taxar as grandes fortunas, em contrapartida, à redução do imposto de renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil. A intenção é aliviar a carga tributária sobre essa faixa salarial e garantir que apenas os muito ricos contribuam significativamente para os impostos.
Os sindicalistas apoiaram a proposta. “Vamos trabalhar unitariamente com as demais entidades no Plebiscito e fortalecer ainda mais esta luta”, afirmou Torres.
O sindicalista disse ainda que a Força Sindical vai trabalhar na organização e mobilização dos trabalhadores, em sua base a nível nacional e através das negociações coletivas e por empresas. “A redução da jornada se trata de um forte anseio da classe trabalhadora e isso será comprovado neste Plebiscito”.
“Vamos fortalecer o debate sobre essas pautas no Congresso Nacional para conseguirmos maioria para garantir essas reivindicações”, acrescentou o líder sindical.
Ricardo Patah ressaltou que está mais do que na hora de reajustar essa jornada, sem reduzir os salários e os empregos. “Os brasileiros querem mais qualidade de vida, bem-estar e menos doenças ocupacionais.”
Além de Miguel e Patah, também estavam presentes no encontro o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna) e o secretário de Relações Sindicais da Central, Geraldino dos Santos Silva.