O que era pra ser uma reunião de discussão sobre valorização e reconhecimento dos esforços dos securitários na construção e manutenção do mercado segurador terminou em frustração.
Na 3ª rodada de negociação, realizada ontem (05/02), na sede do Sindiseg-SP, os patrões reafirmaram sua insensibilidade diante da pauta de reivindicações dos trabalhadores e propuseram, pasmem, 3,82% de reajuste nos salários e vales-refeição e alimentação, além da tentativa de supressão de cláusulas preexistentes. Um reajuste abaixo da inflação.
Com um lucro líquido de mais de R$ 27,1 bilhões de janeiro a setembro de 2024, os donos de seguradoras vêm para a mesa de negociação adotando um comportamento de quem oferece migalhas, passando de 3,5% da segunda rodada para 3,82% nesta última. Um verdadeiro acinte contra a classe trabalhadora.
Do lado de cá já conhecemos essa estratégia do patronal de oferecerem índices irrelevantes e, no findar das negociações, apresentarem os números da inflação desde que consigam limitar ou suprimir direitos já conquistados. Essa tem sido uma prática.
A contraproposta dos patrões ainda não atende aos anseios e reivindicações dos trabalhadores securitários e por esse motivo foi prontamente rejeitada pelos sindicatos de todo o país.
A definição da negociação é importante para ambas as partes, empregador e empregado, pois assegura segurança jurídica para ambas as partes.
Continuamos abertos ao diálogo e trabalhando para que outra data para negociação seja agendada. Contamos com a compreensão e apoio da categoria securitária.
O que se espera é que haja por parte dos patrões uma postura respeitosa diante das reivindicações dos securitários e a devida valorização dos homens e mulheres que ajudam a construir suas riquezas.