O Sindicato cobrou novamente a Prefeitura de Jacareí para que ceda cestas básicas e isenção de tarifas públicas aos trabalhadores da Avibras que moram no município. Eles estão há 22 meses sem salário. A cobrança foi feita em reunião, nesta segunda-feira (10), com o secretário-adjunto de Governo, Felipe Auricchio. Em janeiro, a reunião foi com a Prefeitura de São José dos Campos.
O presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, reforçou que os trabalhadores estão passando por sérias dificuldades financeiras e que precisam, com urgência, da ajuda do poder público.
Os benefícios, se concedidos, serão destinados apenas àqueles que moram em Jacareí. A reivindicação é que a Prefeitura isente os trabalhadores de pagar as taxas de lixo e de esgoto e o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), além de doar as cestas básicas.
Felipe Auricchio afirmou que o pedido será analisado e que a resposta será dada até sexta-feira (14).
São José dos Campos
O Sindicato fez a mesma cobrança à Prefeitura de São José dos Campos, em reunião realizada em 29 de janeiro. Até agora, não houve resposta.
Na ocasião, os dirigentes do Sindicato reuniram-se com o secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Mário Muniz. Foram apresentadas as mesmas reivindicações feitas à Prefeitura de Jacareí, mas com os benefícios direcionados aos trabalhadores da Avibras que moram em São José dos Campos. O secretário se comprometeu a avaliar o tema junto à gestão municipal.
Também foram enviadas cartas para outros municípios onde moram funcionários da Avibras, como Caçapava e Taubaté.
Omissão do poder público
Em anos anteriores, as prefeituras tentaram justificar a omissão de ajuda, afirmando que a lei municipal não permite a isenção de taxas e impostos em casos como esses. A resposta, entretanto, não se justifica. Bastaria a aprovação de uma lei para atender a situações extraordinárias, como essa que está sendo vivida pelos trabalhadores da Avibras.
“Oferecer esses benefícios é o mínimo que as prefeituras têm de fazer para ajudar esses trabalhadores. A situação é urgente e, portanto, o poder público tem de atender às reivindicações o mais rápido possível. Quando é para beneficiar os grandes empresários, as prefeituras e câmaras municipais agem rapidamente, mas quando se trata dos trabalhadores, nada acontece”, afirma o presidente Weller Gonçalves.
Desde 2024, empresas têm aberto negociações com a direção da Avibras, com o propósito de adquirir a fábrica. Este ano, um consórcio de quatro grandes empresas e fundos de investimentos já assinou um contrato de intenção de compra. Mas, enquanto a transação não se concretiza, o Sindicato continua lutando para que a situação se resolva e os trabalhadores tenham seus salários regularizados.