Dirigentes do Sindicato, da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), IndustriALL Brasil e empresários ampliaram o debate sobre o futuro da indústria de autopeças brasileira. Na pauta, rotas tecnológicas, transição justa, formação profissional, construção tripartite – trabalhadores, empresários e governo – de políticas voltadas ao setor e muito mais. O encontro aconteceu no Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) dia 31 de janeiro na capital paulista.
O potencial do país para produção de combustível limpo foi amplamente debatido, principalmente o etanol, que já é usado há décadas nos veículos nacionais. “Este é um biocombustível feito a partir do milho e da cana de açúcar e o nosso país é protagonista nessa questão”, explicou o secretário-geral da CNM/CUT e CSE na Volks, Renato Carlos de Almeida, o Renatinho. “Existem ainda pesquisas para produção de etanol a partir do agave, o que nos daria mais uma alternativa e colocaria o Brasil na vanguarda do processo de descarbonização”.
Durante a conversa, o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, pediu aos empresários que apresentassem o que pediram ao governo federal sobre a aplicação do regime de ex-tarifário. O dispositivo permite a redução temporária da alíquota da importação de alguns bens, como máquinas e equipamentos, usados na cadeia produtiva.
“A preocupação é saber o quanto esse tipo de medida pode prejudicar a indústria nacional e, consequentemente, tirar empregos no país. Queremos saber o que está sendo proposto pelo setor de autopeças. O trabalho tem que estar vinculado à questão da produção nacional, do investimento e também de pesquisa e desenvolvimento”, afirmou.