Notícia - Em dia nacional de luta, categoria exige abertura de negociação sobre o teletrabalho

A FUP e a FNP aumentaram a pressão para que a direção da Petrobrás estabeleça imediatamente um canal de negociação sobre o teletrabalho, reforçando nos atos desta quarta-feira, 12, que a categoria petroleira não aceitará medidas unilaterais. De forma unitária, as entidades sindicais realizaram um dia nacional de luta, com atos que mobilizaram massivamente os trabalhadores e trabalhadoras que atuam nos escritórios da empresa.

Com palavras de ordem, como “nem um passo atrás” e “negociação coletiva já”, a categoria compareceu em peso aos atos convocados, enfatizando que está disposta a intensificar a luta, caso a gestão da Petrobrás insista no impasse que criou, ao alterar de forma unilateral a escala do teletrabalho. Nas bases da FUP, houve manifestações nos escritórios da Petrobrás em Vitória/ES, Salvador/BA, Natal/RN e na Imbetiba/Macaé. Houve também mobilização no Terminal da Transpetro de Guaramirim (Temirim), em Santa Catarina. Nesta quinta (13), haverá ato no Edibra, escritório da Petrobrás em Brasília/DF.

Dirigentes da FUP e de seus sindicatos também estiveram presentes à mobilização no EDISEN, que contou com a adesão massiva dos trabalhadores que atuam na sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. Durante o ato, lideranças sindicais de vários estados do país destacaram a importância da unidade e da luta conjunta para pressionar a abertura da negociação de regras coletivas para o teletrabalho, o que é fundamental para garantir previsibilidade aos trabalhadores e impedir ações unilaterais dos gestores.

O diretor do Sindiquímica Paraná, Paulo Antunes, lembrou a importância da organização sindical e da unidade durante a resistência contra o fechamento da Fafen PR e a demissão dos trabalhadores. Ele enfatizou que foi a luta coletiva que possibilitou a reabertura da fábrica e o retorno de parte dos demitidos. “Em 2020, fomos demitidos da Fafen PR e nosso fábrica, hibernada. Em 2024, nós fomos recontratados e a fábrica está lá pronta para produzir. A força da categoria e os sindicatos que nos ajudaram durante todo esse processo é que mantiveram a nossa luta e a nossa esperança para que revertêssemos esse quadro tão desfavorável”, afimou.

A diretora da FUP e coordenadora-geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, deu informes sobre as mobilizações semanais no Torre Pituba, sede da Petrobrás em Salvador, que foi fechada durante o governo Bolsonaro. Ela lembrou que os trabalhadores estão de volta à unidade graças à luta sindical e à mudança do projeto político do país. “Temos de volta cerca de 600 trabalhadores que hoje estão passando pelo mesmo problema que afeta todos os trabalhadores do administrativo do Sistema Petrobrás”, afirmou, destacando também os ataques ao teletrabalho na Transpetro.

“Temos trabalhadores hoje que estão em unidades operacionais, mas que antes estavam em bases administrativas e, com a pandemia, foram transferidos para unidades operacionais e colocados em teletrabalho. Agora esses trabalhadores receberam a informação da proibição de continuarem em teletrabalho. Portanto, nós estamos avançando na luta também nessas unidades para que não haja retrocessos”, informou.

Em sua fala aos trabalhadores do EDISEN, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, mandou um recado à presidenta da Petrobrás, Magda Chambriard, cobrando que ela estabeleça um canal de negociação com as entidades sindicais para construir coletivamente com os trabalhadores regras justas para o teletrabalho. Ele ressaltou que o atual governo preza pelo diálogo social e lembrou que outras estatais já avançaram nessa questão, como é o caso Banco do Brasil, que negociou com a Contraf, confederação que representa os trabalhadores, um acordo com regras para o teletrabalho. “Queremos a abertura de mesa de negociação para termos o regramento do teletrabalho também na Petrobrás. Se no Banco do Brasil tem, por que na Petrobrás não pode ter?”, questionou o coordenador da FUP.

Deyvid Bacelar lembrou ainda que a produtividade dos trabalhadores aumentou após a implantação do teletrabalho, ressaltando a baixa integração que há entre os empregados que estão presencialmente nos escritórios, cada um em suas baias, participando de reuniões virtuais, da mesma forma que poderiam fazer remotamente.

Veja como foram as mobilizações nas bases da FUP

No Norte Fluminense, o sindicato realizou um trancaço na base administrativa da Petrobrás, em Macaé, com faixas e cartazes em frente aos portões da Praia Campista e da Praia de Imbetiba, exigindo a manutenção do teletrabalho e a abertura imediata de negociação coletiva sobre o tema. Saiba mais aqui.

Na Bahia, a mobilização reuniu trabalhadores e trabalhadoras da sede administrativa da Petrobrás em Salvador, o EDIBA, que voltou a funcionar com a reabertura do Torre Pituba. Todas as semanas, o Sindipetro Bahia tem realizado mobilizações em defesa do teletrabalho, com participação massiva da categoria, que nesta quarta voltou a lotar o saguão do prédio em protesto contra as medidas unilaterais da empresa.

Também em Vitória, no edifício sede da Petrobraás, o EDIVIT, petroleiros e petroleiras capixabas voltaram a se mobilizar nesta quarta contra as medidas unilaterais da gestão para reduzir os dias de teletrabalho. A categoria reforçou que não aceitará retrocessos e exigiu a abertura de negociação com os sindicatos.

No Rio Grande do Norte, a mobilização foi realizada em frente ao edifício sede da Petrobrás, em Natal, o EDIRN, onde trabalhadores da ativa e aposentados protestaram não só em defesa do teletrabalho, como também pelo fim dos equacionamentos da Petros e em defesa da reestatização dos ativos do Polo Potiguar e da Refinaria Clara Camarão. Saiba mais aqui.

Ainda nas bases da FUP, houve ato em defesa do teletrablho também no  no Terminal Transpetro de Guaramirim (Temirim), em Santa Catarina.

 

 


Fonte:  FUP / Foto: Sindipetro BA - 13/02/2025


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