Notícia - CUT e CTB em Sergipe mobilizam servidores estaduais contra redução salarial

Após o anúncio de um aumento da contribuição mensal descontada nos vencimentos dos servidores públicos para o Instituto de Promoção e Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), a CUT e a CTB (Central de Trabalhadores Brasileiros Servidores) no estado de Sergipe convocaram uma reunião com a categoria para esta quinta-feira, 20, às 9h da manhã, para debater ações e estratégias para impedir o que representará uma redução salarial significativa para os trabalhadores.

A reunião será realizada na sede da CUT-SE, localizada na Rua Porto da Folha, Nº 1039, bairro Cirurgia, em Aracaju.

O aumento, que pegou os trabalhadores de surpresa passa valer a partir do dia 1º de março e vai variar de R$ 112,91 para dependentes com até 18 anos a até R$ 619,66 para quem tem 59 anos ou mais. Ao todo são 10 faixas de contribuição.

O presidente da CUT-SE, Roberto Silva, frisou que enquanto a taxa de contribuição aumenta, provocando uma redução salarial brutal para servidores públicos de Sergipe, a assistência à saúde dos servidores públicos do estado prestada pelo Ipesaúde só piora.

“Os problemas na assistência à saúde foram denunciados no último protesto do Sintese [Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe] na porta do Palácio dos Despachos. Várias professoras declararam que a assistência à saúde prestada nunca foi tão ruim”, declarou Roberto Silva.

Durante o protesto, a professora Lourdes Mendonça, também dirigente do sindicato, fez um relato pessoal sobre o Ipesaúde.

“Eles dizem que fazem um atendimento humanizado. Sou paciente oncológica desde 2016 e entendo que atendimento humanizado é tratar com dignidade a pessoa que depende do Ipesaúde no momento em que precisar. É esse atendimento humanizado que nós exigimos”, declarou.

Para o presidente da CTB-SE, Adêniton Santana, é importante a participação dos servidores e lideranças sindicais na plenária para mais uma vez denunciar à sociedade a política de arrocho salarial mantida pelo governo estadual.

“Essa política de arrocho é intensificada com os aumentos de taxa de contribuição do Ipesaúde, que penalizam os servidores beneficiários do Instituto, por duas vezes”.

 

Aprovação pela Alese

O aumento das contribuições está previsto no Projeto de Lei Nº 220/2023, aprovado por maioria, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) na quinta-feira (01). De autoria do Poder Executivo, o PL reestrutura o Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde).

Os beneficiários passarão a pagar 6% de sua remuneração. Serão autorizadas anualmente até 12 consultas médicas, inclusive para mulheres gestantes e dez atendimentos de urgência e emergência, entre outros.

O Projeto ainda limitava a 30 dias de internação para tratamento psiquiátrico, porém este item foi retirado pela Comissão de Constituição e Justiça.


Fonte:  Redação CUT | texto: André Accarini - 19/02/2025


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