Notícia - FEM-CUT/SP defende medidas para proteger os trabalhadores das mudanças climáticas

A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) defende a importância de debater os efeitos das mudanças climáticas na vida da classe trabalhadora. A defesa da entidade está respaldada pelo alerta da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que aponta que mais de 70% dos trabalhadores no mundo estão expostos a graves riscos para a saúde por conta desse cenário.

De acordo com o relatório da OIT, divulgado no ano passado, mais de 2,4 bilhões de pessoas, de uma força de trabalho global de 3,4 bilhões, estão expostas ao calor excessivo em algum momento da sua jornada de trabalho.

Os dados também revelam que 1,6 bilhão de trabalhadores são expostos à radiação ultravioleta (UV), com mais de 18.960 mortes anuais, devido ao câncer da pele não melanoma; e 1,6 bilhão de pessoas, provavelmente expostas à poluição atmosférica no local de trabalho, que resultam em até 860 mil mortes ao ano, entre as pessoas que trabalham ao ar livre.

Para a direção da FEM-CUT/SP, as mudanças climáticas trazem novos desafios na luta pelos direitos dos trabalhadores e é preciso um amplo debate sobre a situação.

“Nossos sindicatos filiados, junto da Federação, devem pautar essa discussão com a categoria nas bases e levar a problemática para as mesas de negociações com os patrões. Se o mundo mudou, as necessidades também mudam e novas medidas devem ser discutidas para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores”, afirma Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.

Erick destaca que o debate sobre as mudanças climáticas e seus efeitos na vida da classe trabalhadora já é uma realidade para a FEM-CUT/SP. “Temos pautado essa discussão e buscamos um caminho para avançar em melhorias fundamentais nesse sentido. Vamos iniciar em breve a Campanha Salarial 2025, um importante momento para, além da valorização salarial, garantir que esse tema esteja nas mesas de negociações e resultem em acordos benéficos para nossa categoria”, aponta ele.

O secretário-geral da entidade, Max Pinho, destaca que o tema já é debatido em algumas bases, como por exemplo, pelo CSE (Comitê Sindical de Empresa) da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo.

“A luta sindical dentro dessa empresa tem uma atuação importante para minimizar os impactos das mudanças climáticas no local de trabalho, como garantir paradas durante a jornada para que os trabalhadores possam se refrescar e se hidratar. Ações como essas são fundamentais para enfrentarmos a realidade que se impõe.”

Max diz ainda que ampliar esse debate e levar propostas como a da representação dos trabalhadores na Mercedes-Benz para outras empresas é um compromisso da FEM-CUT/SP.

“Queremos construir uma pauta conjunta com os sindicatos filiados para buscar negociações que garantam medidas de proteção aos metalúrgicos. A ideia principal é garantir um entendimento para que, quando tivermos altas temperaturas, os trabalhadores tenham direito a parada para se refrescar, hidratar e respirar um ar mais suave”, finaliza ele.


Fonte:  FEM-CUT/SP - 21/02/2025


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