Notícia - Justiça de SC Afronta o Direito Constitucional de Greve e Intimida Servidores Municipais de Florianópolis

O direito de greve é uma conquista histórica e um pilar essencial da democracia, garantido pelo artigo 9º da Constituição Federal. No entanto, esse direito está sendo duramente atacado em Florianópolis. A recente decisão do desembargador Luiz Fernando Boller, da Justiça de Santa Catarina, que declarou a greve dos servidores municipais ilegal e bloqueou R$ 200 mil das contas do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal), representa uma medida arbitrária e um claro ataque à organização legítima dos trabalhadores.

Essa decisão não apenas fere a Constituição, mas também impõe uma pressão inaceitável sobre o movimento sindical, que busca, por meio do diálogo e da luta, garantir melhores condições de trabalho para os servidores municipais. A judicialização implacável contra o Sintrasem, neste momento, se revela como um verdadeiro mecanismo de intimidação, enfraquecendo a autonomia sindical e restringindo o espaço de negociação dos trabalhadores.

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) repudia veementemente essa postura autoritária e defende o direito do Sintrasem de exercer sua função sindical com liberdade e autonomia, sem sofrer pressões financeiras ilegais que tentem silenciar a mobilização legítima da categoria.

É fundamental que o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), abandone a postura de intimidação e se disponha ao diálogo. Em vez de recorrer a medidas repressivas, é seu dever democrático sentar-se à mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, buscando soluções que respeitem os direitos dos servidores e promovam um ambiente de trabalho justo.

A UGT reafirma sua solidariedade ao Sintrasem e aos servidores municipais de Florianópolis, que lutam por condições dignas de trabalho e pelo pleno exercício de seus direitos constitucionais. A greve não é crime — é um direito legítimo e um instrumento fundamental para a defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Por Ricardo Patah, presidente da UGT


Fonte:  UGT - 21/02/2025


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