Notícia - Sinsaúde obtém compromisso da Prefeitura de manter empregos e conquistas aos trabalhadores dos PAs

Foram mais de duas horas de reunião com o prefeito de Jundiaí e secretários na noite da última segunda-feira (17), mas o Sinsaúde saiu com o compromisso da administração municipal de criar uma comissão para acompanhar a transição da empresa que irá substituir o Hospital São Vicente na administração dos Prontos Atendimentos (PAs) Central, Retiro e Hortolândia. 

O prefeito Gustavo Martinelli confirmou a participação dos representantes dos trabalhadores nesta comissão e de que vai garantir os direitos dos funcionários. “Estamos do lado dos funcionários. Queremos transparência nas contas do Hospital São Vicente e não queremos assédio moral”, afirmou.

A vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, e a presidente da subsede em Jundiaí, Beatriz Castro, levaram as reivindicações da categoria. “Queremos o compromisso da manutenção dos postos de trabalho, as garantias firmadas no Acordo Coletivo e o respeito aos direitos e conquistas dos trabalhadores dos PAs”, elencou Juliana.  

Beatriz destacou a importância de tranquilizar a categoria, que teme por demissões em massa e a precarização das condições de trabalho. “Esta crise vai se espalhar para outras unidades administradas pelo São Vicente?

Haverá rompimento de outros convênios?”, questionou. Ela destacou que saiu otimista da reunião. “Hoje saímos um pouco mais tranquilas com relação à situação dos trabalhadores, mas vamos lutar até o fim para garantir que os direitos sejam respeitados”, ponderou.

Membros do Conselho Municipal de Saúde e do Legislativo participaram do encontro e se comprometeram em defender e proteger os direitos dos trabalhadores dos PAs. Participaram também os diretores sindicais, André Luís Costa e Alexssandra Pires, além dos secretários Márcia Facci, de Saúde, Edney Duarte Jr., de Negócios Jurídicos e do vice-prefeito, Ricardo Benassi. 

 

Trabalhadores querem respeito e garantias

A reunião contou com a participação de trabalhadores dos PAs afetados. Houve denúncias de casos de assédio moral nas relações de trabalho e de pressão por parte da gestão.

“Queremos dignidade para os trabalhadores, que estão com medo de serem mandados embora. Correu a informação de que a nova empresa não vai ficar com ninguém”, contou Daiane Freire, técnica de Enfermagem no PA Hortolândia. Os representantes do Executivo desmentiram a informação sobre demissões.

O auxiliar de Enfermagem, Lucas Coth, mostrou preocupação com os pacientes e os problemas que podem ocorrer nas transferências. Também chamou a atenção do prefeito para a nova empresa trabalhar com auxiliares de Enfermagem e fornecer assistência médica aos funcionários. 

Já Jéssica de Freitas, Técnica de Enfermagem no PA Retiro, disse existir um medo entre os trabalhadores de serem demitidos sem receber seus direitos e desconfiança de que a nova organização social não mantenha as garantias do Acordo Coletivo. A enfermeira do PA Central, Daniela Oliveira, também compareceu. Estes profissionais serão os representantes dos trabalhadores no conselho de transição

A Secretária de Saúde, Márcia Facci, afirmou não haver interesse em reduzir custos no convênio e que o mais importante é preservar o atendimento à população e os trabalhadores em seus postos de trabalho. 

Antes desta, o Sindicato se reuniu com os administradores do Hospital São Vicente e com o Legislativo, além de realizar um ato na Câmara Municipal, no dia 11.

 

Histórico de luta

O Sinsaúde tem um histórico de luta e resistência junto com os trabalhadores do São Vicente, construído sobre atos e greves que constituíram as conquistas impressas no Acordo Coletivo de Trabalho. A luta pelos trabalhadores dos PAs é mais uma página desta história: “Esta luta é minha, é sua, é nossa!”


Fonte:  UGT - 24/02/2025


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