Às vésperas da nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira (18) para definir o novo índice da taxa básica de juros (Selic), o Boletim Focus apontou que estimativa da inflação caiu de 5,68% para 5,66% ao ano, sendo a primeira redução depois de mais de 20 elevações.
O levantamento leva em consideração o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país. O Copom utiliza a Selic, em maior ou menor patamar, para manter a meta da inflação no ano. Atualmente, a taxa básica de juros está definida em 13,25% ao ano.
Para a direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), os dados apontam para um cenário que permite a redução da Selic. No entanto, o Copom já revelou que deve aumentar a taxa em um ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano.
“Vivemos um verdadeiro absurdo, no qual a economia brasileira está refém do Copom, que atende ao mercado financeiro e segue elevando os juros. O índice de inflação não está nas alturas como em outros tempos, a economia cresce e o Brasil tem recebido importantes programas e investimentos. Nada justifica o atual patamar da Selic e, muitos menos, elevar os juros”, diz Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.
Max Pinho, secretário-geral da entidade, destaca a importância da mobilização para combater a alta dos juros. “Com juros em alta, corremos sérios riscos de desaquecimento da economia e, com isso, de novo subir o desemprego que traz a fome para a realidade brasileira. Por isso, temos que seguir lutando, nas ruas, nas redes e em todos os espaços contra a alta dos juros”, afirma o sindicalista.
Nesta terça feira (18), a partir das 10h, representantes da CUT e das centrais (CSB, CTB, Força Sindical, UGT e NTST) farão atos pelas ruas do país, pedindo a redução da taxa Selic – os juros oficiais do país definidos pelo Banco Central (BC).
Os atos do “Dia Nacional de Mobilização Menos Juros, Mais Empregos”, serão realizados em frente às sedes do BC nas cidades em que a instituição financeira está instalada. O principal ato será em São Paulo, na Avenida Paulista nº 1804. Nas demais cidades, as manifestações serão em locais de maior movimento.