A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) defende a proposta do governo federal, que quer aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O projeto de lei será enviado para o Congresso Nacional nesta terça-feira (18) e depende da aprovação dos deputados e senadores para entrar em vigor.
Para a direção da entidade, é preciso pressionar os parlamentares para que a sociedade brasileira seja beneficiada com o aumento da isenção do IR, como explica Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP.
“A luta para a isenção do IR chegar a mais trabalhadores é uma pauta do movimento sindical e, somente na nossa base, vai beneficiar mais de 139 mil metalúrgicos. Mas sabemos que será preciso muita mobilização e luta para que o Congresso aprove essa medida. A Federação e os sindicatos filiados estão prontos para pressionar os deputados e senadores nesse sentido.”
Para Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca a importância da medida para a classe trabalhadora. “Isso significa mais dinheiro no bolso dos trabalhadores e, consequentemente, melhora o seu poder de compra e fortalece a economia. Há muito cobramos o aumento da faixa de isenção e agora temos de seguir firme para garantir a aprovação no Congresso. Contamos com todos nessa luta”. “
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o projeto seria enviado ao Congresso nesta terça-feira (14) durante a visita que realizou em Sorocaba, na semana passada.
“A verdade é que quem paga imposto de renda nesse país é quem tem desconto na fonte, porque não tem como sonegar. É descontado na folha de pagamento dele. Mas quem ganha muito, às vezes nem paga. Inventa sempre uma mutreta qualquer para não pagar. Então, o que nós queremos é salvar o povo trabalhador de pagar o imposto de renda enquanto muita gente rica sonega”, afirmou o presidente.
A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa de campanha de Lula. Hoje, o limite de renda mensal de quem não precisa pagar imposto de renda é R$ 2.259,20, de acordo com a Receita Federal.
A lei que instituiu a nova política de valorização do salário mínimo, de 2023, autoriza um desconto sobre o imposto de 25% sobre o valor do limite de isenção, no caso, R$ 564,80, valor que somado a R$ 2.259,20 resulta, então, em R$ 2.824.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), atualmente, 10 milhões de pessoas estão dispensadas do recolhimento do tributo. Com a ampliação da faixa de isenção, mais 10 milhões de pessoas serão dispensadas da tributação.
Com informações da Agência Brasil