Notícia - Brasil lidera aumento real de salários, aponta OCDE

O relatório Steering Through Uncertainty (Navegando pela Incerteza), divulgado nesta segunda-feira (17) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta o Brasil como o país com o maior aumento real nos salários de trabalhadores nos últimos anos.

O levantamento revela que, mesmo diante dos desafios econômicos globais, o país registrou um avanço significativo na remuneração, superando outras nações analisadas. E destaca que esse aumento se deve, entre outros fatores, à recuperação do mercado de trabalho e ao reajuste dos salários acima da inflação em determinados setores. O Brasil se destaca no cenário internacional, contrastando com países onde a recuperação salarial foi mais lenta ou inexpressiva.

Cabe ressaltar que os reajustes acima da inflação são negociados pelos Sindicatos e resultados de campanhas salariais.

Visão global

O relatório analisa a situação econômica global e as perspectivas para 2025 e 2026, destacando desafios como inflação persistente, tensões comerciais e incertezas políticas. Ele aborda:

  • Crescimento Global: O crescimento do PIB mundial deve desacelerar de 3,2% em 2024 para 3,1% em 2025 e 3,0% em 2026, afetado por barreiras comerciais e incertezas geopolíticas.
  • Inflação: Embora esteja diminuindo, a inflação segue acima das metas em diversas economias, com impacto de tarifas comerciais elevadas e mercados de trabalho ainda pressionados.
  • Tensões Comerciais: O aumento de tarifas entre EUA, China, Canadá e México representa um risco à economia global, reduzindo investimentos e consumo.
  • Mercado de Trabalho: O desemprego segue baixo, mas a inflação salarial ainda é uma preocupação, especialmente em economias avançadas.

Sobre o Brasil, além do aumento real do salário, destaca:

  • Crescimento Econômico: O Brasil teve um crescimento econômico de 3,4% em 2024, mas a projeção para 2025 é de 2,1%, desacelerando ainda mais para 1,4% em 2026. A principal razão para essa queda é o impacto do aperto monetário e das tarifas comerciais mais altas impostas pelos EUA sobre exportações brasileiras de aço e alumínio.

  • Inflação: A inflação no Brasil é projetada para 5,4% em 2025 e 5,3% em 2026, acima da meta do Banco Central. Esse cenário pode exigir uma postura mais restritiva da política monetária para conter a alta dos preços.

  • Mercado de Trabalho: O desemprego no Brasil está abaixo da média pré-pandemia, e os salários reais cresceram nos últimos anos, impulsionados por uma recuperação do mercado de trabalho e reajustes no salário mínimo. No entanto, a inflação elevada pode afetar o poder de compra da população.

  • Política Monetária: O Banco Central pode precisar ajustar a taxa de juros para conter pressões inflacionárias, o que poderia desacelerar ainda mais o crescimento.

  • Impacto do Comércio Global: O Brasil é citado no relatório como uma das economias emergentes que pode ser afetada pela fragmentação do comércio global. O aumento das tarifas nos EUA e o enfraquecimento do crescimento chinês podem impactar as exportações brasileiras.

Em resumo, o Brasil enfrenta um cenário de crescimento moderado, inflação acima da meta e desafios externos devido às tensões comerciais globais. Caso queira mais detalhes sobre um tema específico, me avise!


Fonte:  Rádio Peão Brasil - 19/03/2025


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