As centrais sindicais no Rio Grande do Sul tiveram uma reunião nesta quinta-feira (20) na Secretaria de Relações de Trabalho do governo do estado e entregaram sua pauta de reivindicações em relação ao salário mínimo regional. Vice-presidente da CSB-RS, Antônio Roma representou a central na reunião.
De acordo com as entidades, a melhoria na distribuição de renda por meio da valorização do piso regional é essencial para resguardar a base da da hierarquia salarial dos segmentos mais vulneráveis, presentes em setores e regiões em que a organização sindical tem menor alcance.
“A valorização do piso regional, ao contrário do que alguns setores empresariais afirmam, significa um necessário instrumento de democratização de renda, desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida para milhares de trabalhadores, gerando um círculo virtuoso de salário e demanda agregada”, argumentam as centrais.
De acordo com o documento apresentado à secretaria, os estados de Santa Catarina e Paraná, que têm características socioeconômicas similares ao RS, também possuem pisos regionais e que tiveram ajustes cumulativos entre 2019 e 2025 de 49,4% e 51,8% respectivamente. Já o Rio Grande do Sul teve reajuste de 33,9% no mesmo período.
“Defendemos que a valorização do piso regional pode contribuir para manter a trajetória de recuperação da economia e como contrapartida aos incentivos fiscais e ao atendimento da agenda das federações empresariais”, diz o texto.
Conforme os cálculos das entidades, para manter a relação do valor da menor faixa salarial do piso e o salário mínimo vigente em 2001, quando a lei entrou em vigor, seria necessário um reajuste de 17,3% em 1º de maio de 2025.
Confira as reivindicações das centrais:
- Reajuste total de 17,3% para 1º de maio de 2025
- Inclusão de novas categorias, ainda não contemplados, com criação de novas faixas:
- Alteração de faixas de categorias que apresentem defasagem na faixa atual.
- Colocar o piso na constituição do Estado, estabelecendo critério de reajuste geral, levando-se em conta o crescimento da economia nacional e estadual, mais a inflação.
- Incluir na Lei a garantia do piso como vencimento mínimo aos servidores públicos do Estado.
Antônio Roma informou que mais duas reuniões já estão marcadas para debater a pauta, uma em 31 de março e outra em 10 de abril.