Notícia - Greve de advertência no dia 26 segue sendo aprovada massivamente pela categoria

Em todo o país, as trabalhadoras e os trabalhadores do Sistema Petrobrás seguem aprovando enfaticamente a greve de advertência de 24 horas, convocada para o próximo dia 26, conforme indicativo conjunto das duas federações sindicais. Nas bases da FUP, três sindicatos já concluíram as assembleias: o Sindipetro ES, onde a greve foi aprovada por unanimidade; o Sindiquímica PR, cuja assembleia teve apenas um voto contrário ao indicativo e uma abstenção; e o Sindipetro RN, onde os trabalhadores aprovaram a greve por ampla maioria.

Ainda nesta sexta (21), serão finalizadas as assembleias na Bahia e nas bases do Paraná e de Santa Catarina, onde a categoria está referendando a greve por ampla maioria. O mesmo quadro se repete nos demais sindicatos da FUP, cuja consulta aos trabalhadores será concluída no final de semana.

A greve de 24 horas no dia 26 é uma advertência às tentativas da gestão Magda Chambriard de esvaziar os fóruns de negociação coletiva, com postura autoritária que coloca em xeque a boa-fé negocial, além de ignorar as principais reivindicações da categoria, vide o que está acontecendo com a PLR e o teletrabalho.

Soma-se a isso, a guerrilha jurídica movida pela gestão da Petrobrás contra os trabalhadores, ao retirar a parcela da RMNR incorporada ao salário, mesmo com decisão transitada e julgada, além de atacar o repouso semanal remunerado e impor dificuldades em rever as demissões e punições políticas dos governos passados.

Com participação expressiva nas assembleias, os trabalhadores e as trabalhadoras estão reafirmando que não aceitarão a volta da cultura do medo na Petrobrás.  A categoria segue mobilizada, cobrando da gestão Magda respeito aos fóruns de negociação e avanços no atendimento das reivindicações que estão sendo tratadas com a empresa.

Confira a pauta unificada da FUP e da FNP:

  • Não à redução da Remuneração Variável, com garantia dos valores anunciados. É inaceitável que os trabalhadores que produziram os lucros tenham uma redução de 31% nos valores que foram apresentados em simuladores em dezembro do ano passado, enquanto a empresa repassará 207% dos lucros para os acionistas;
  • Defesa do Teletrabalho. Imediato cancelamento do cronograma de mudança no Teletrabalho, cancelamento do termo de adesão individual e abertura de negociações de fato para uma regra negociada coletivamente, com atenção aos impactos que irá causar e assinada pela empresa e sindicatos;
  • Fim dos PEDs do Plano Petros. É necessária uma solução definitiva aos PEDs, construída com as trabalhadoras e os trabalhadores, que traga de volta a dignidade àqueles que construíram essa empresa;
  • Plano de Cargos, Carreira e Salário. Negociação imediata para a criação de um único plano, integrado para todo o Sistema. Que sejam corrigidas e reparadas as distorções criadas durante o período de dois planos vigentes. Que o novo plano valorize a negociação coletiva, as atribuições de cada cargo e a devida remuneração, além de possibilidades de progressão na carreira e mobilidades transparentes e justas, conforme proposta aprovada no seminário unitário das duas federações;
  • Reposição do efetivo. Nunca houve uma queda tão brusca no número de trabalhadores como nos anos que se seguiram à Lava-Jato. É necessário a convocação de todos os concursados, inclusive do cadastro de reserva dos concursos já realizados e abertura de novos concursos;
  • Fim dos acidentes, mortes e adoecimento no Sistema. Foram 6 fatalidades no Sistema Petrobrás no final de 2024. A empresa tem o dever de garantir a vida e a integridade dos trabalhadores e trabalhadoras que atuam no Sistema Petrobrás, sejam prestadores de serviços ou com vínculo direto;
  • Garantia da retomada da produção na Fafen-PR com segurança. O fechamento da Fábrica de Fertilizantes no Paraná e a demissão dos trabalhadores foram o principal motivo para a greve nacional de 2020. A retomada da Petrobrás no setor de fertilizantes e a reabertura da FAFEN-PR é uma conquista da luta da categoria petroleira. Porém, não podemos admitir que essa retomada seja realizada sem segurança, principalmente por falta de efetivo;
  • Por direitos, segurança e condições de trabalho dos prestadores de serviço em todo o Sistema Petrobrás. Precisamos melhorar a fiscalização dos contratos, modelo e política de licitação, mecanismos que garantam de fato o cumprimento da legislação trabalhista e a isonomia de jornada, com o fim da escala 6×1, que atinge os prestadores de serviço no Sistema Petrobrás;
  • Contra qualquer forma de diferenciação das trabalhadoras e trabalhadores, que já estão na companhia e aqueles que estão se somando agora, inclusive nos adicionais de transferência definitiva e na ajuda de custos.


Fonte:  FUP - 24/03/2025


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