Os dirigentes sindicais que acompanham a comitiva do presidente Lula ao Japão, foram recebidos nesta quarta-feira (26) pela diretoria da Confederação Sindical Japonesa, mais conhecida como Rengo. Fundada em 1989, após a fusão da Federação dos Sindicatos Independentes, da Confederação Japonesa do Trabalho e da Federação Nacional das Organizações Industriais, a Rengo representa hoje mais de 6 milhões de trabalhadores. Um ano após sua fundação, em 1990, o Conselho Geral dos Sindicatos do Japão (Sohyo) também se juntou à Rengo.
A comitiva de Sindicalistas é formada por Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, Sérgio Nobre, presidente da CUT, Miguel, presidente da Força Sindical, Moisés, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Leandro Soares, presidente do Sindical dos Metalúrgicos de Sorocaba, onde está sediada a fábrica da japonesa Toyota. Os sindicalistas estavam acompanhados pelo presidente Lula e pelo ministro do Trabalho Luis Marinho. Eles foram recebidos pelo presidente da Rengo,Yoshino Tomoko.
O presidente da Confederação de Sindicatos do Japão, relatou os bons resultados das negociações salariais da primavera japonesa com 760 empresas, quando obtiveram aumento de 5,46% que representa aumento salarial médio mensal de 17.828 ienes, ou cerca de 120 dólares. Isso inclui aumentos regulares e aumentos no salário base mensal. O valor é maior que o do ano passado, quando o aumento médio ultrapassou 5% pela primeira vez em 33 anos.
O presidente da Rengo, Yoshino Tomoko, declarou: “Os números preliminares indicam que a diferença nos aumentos salariais entre grandes e pequenas empresas diminuiu. Entretanto, as negociações com empresas menores ainda estão em andamento. Elas vão continuar até abril e maio, então vamos seguir apoiando as negociações até lá”, declarou aos sindicalistas.
Yoshino Tomoko assegurou ser muito importante esse encontro com representantes dos trabalhadores brasileiros. Ele relatou o interesse em fazer convênio entre a Rengo e as centrais brasileiras, para a troca de experiência na área do trabalho, mesmo porque muitas empresas japonesas têm fábricas no Brasil.
Ricardo Patah, presidente da UGT, lembrou que essa troca de experiência entre os trabalhadores brasileiros e japoneses é muito importante, destacando que ele já fez parte de um grupo de trabalhadores brasileiros que participaram dessa experiência e que o aprendizado foi muito bom.