Nesta manhã de 26 de março, trabalhadores da Revap (Refinaria Henrique Lage) e representantes de diversos sindicatos se reuniram em uma Assembleia Geral Unificada, convocada pelo Sintricom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Montagem Industrial de São José dos Campos e Litoral Norte) e pelo Sindipetro SJC (Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos), para debater temas cruciais como a Greve Nacional dos Petroleiros, o Acordo Nacional de Parada da Petrobrás e as negociações da Campanha Salarial 2025.

O ato, realizado na portaria da refinaria, contou com a presença maciça de trabalhadores e lideranças sindicais, reforçando a unidade da classe trabalhadora em defesa de melhores condições de trabalho, reajustes salariais dignos e contra os ataques aos direitos dos petroleiros.

Greve Nacional e Acordo de Parada entregue ao Ministro do Trabalho

Um dos principais pontos discutidos foi o apoio à Greve Nacional dos Petroleiros, que vem ganhando força em todo o país. O Presidente do Sintricom, Marcelo da Costa, destacou a importância da mobilização e informou que o Acordo Nacional de Parada da Petrobrás, construído em conjunto com as bases, foi entregue ao Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, como forma de pressionar o governo e a estatal por respostas às demandas dos trabalhadores.

"Estamos aqui para mostrar que a categoria não vai recuar. O Acordo Nacional de Parada é um instrumento de luta, e nós o entregamos diretamente ao Ministro do Trabalho para que ele saiba que os petroleiros e os trabalhadores da montagem não aceitarão retrocessos. A greve é legítima, e nossa união é fundamental para garantir vitórias", afirmou Marcelo da Costa.

Adam Suzuki, dirigente do Sindipetro SJC, reforçou a necessidade de resistência contra as políticas que precarizam o trabalho na Petrobrás:

"A Petrobrás é estratégica para o país, e os trabalhadores são a força que mantém essa empresa funcionando. Não vamos aceitar terceirizações que só servem para enfraquecer nossos direitos. A greve é um alerta: ou a empresa negocia com seriedade, ou a mobilização só vai aumentar", declarou Suzuki.

Campanha Salarial 2025 e união das categorias

Além do apoio à greve, a assembleia também debateu as negociações da Campanha Salarial 2025, com os sindicatos reforçando a necessidade de um reajuste que reponha as perdas inflacionárias e garanta melhorias reais para os trabalhadores.

A mobilização contou com a presença de diversos sindicatos e lideranças, demonstrando a força da união das categorias. Estiveram presentes: Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, representado pelo presidente Andrézão Oliveira e pelo dirigente Herivelto Vela; Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, com o presidente Ronaldo Costa, o “Ripa”; Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, representado pelo dirigente Marcelo Reis, que também falou em nome da subsede da CUT Vale; Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos; Sindicato da Alimentação; Sindicato dos Papeleiros de Jacareí; Sindicato da Construção Civil de Guarulhos; Além de diversas lideranças políticas da região.

Próximos passos

Os trabalhadores saíram da assembleia com o compromisso de manter a pressão e ampliar as mobilizações caso as negociações não avancem. A união entre as categorias foi destacada como um fator essencial para fortalecer a luta.

"Quando os trabalhadores se unem, não há governo ou empresa que possa ignorar nossa voz. Vamos continuar na luta, nas portarias e nas assembleias até que nossas pautas sejam atendidas", concluiu Marcelo da Costa.
A mobilização continua, e os sindicatos convocam todos os trabalhadores a se manterem firmes na luta por salários dignos, emprego estável e respeito aos direitos trabalhistas.