A CNM/CUT promoverá no dia 8 de abril o seminário "A Nova Indústria Brasil (NIB) e seus impactos na indústria metalúrgica", que vai debater os impactos que o Nova Indústria Brasil, principal política do governo federal para promover a reindustrialização do país, teve sobre a indústria metalúrgica brasileira. 

O evento ocorrerá de forma híbrida, a partir das 14h. De forma presencial, o seminário vai acontecer na sede da CUT Nacional, em São Paulo (SP), e por meio de transmissão online na plataforma virtual Zoom. Entre os convidados, estão Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), e técnicos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (DIEESE).

A ideia principal do seminário é envolver representantes de segmentos industriais da Confederação para debater o NIB e seus aspectos, respeitando as características de cada segmento industrial e promovendo a troca de ideias sobre o tema.

O NIB completou um ano de lançamento em 22 de janeiro deste ano, e, segundo dados do Ministério da Indústria, promoveu até o momento R$ 3,4 trilhões em investimentos públicos e privados em diversos setores da indústria nacional.

Um dos focos do seminário será destacar o trabalho desenvolvido pelos segmentos industriais da CNM/CUT na construção da pauta da indústria dentro da entidade. A divisão em segmentos industriais organiza as demandas específicas em relação a condições de trabalho, distribuição da cadeia produtiva e organização do capital. Esses temas têm impacto direto na vida dos metalúrgicos e metalúrgicas.

“Os segmentos da indústria metalúrgica são de suma importância para a CNM/CUT, pois eles fazem o acompanhamento da relação entre capital e trabalho, do crescimento econômico, do crescimento da indústria e das contrapartidas para os trabalhadores, esse é o nosso propósito”, afirmou o coordenador geral dos segmentos da CNM/CUT, Juarez Estevam Ribeiro.

Sobre os segmentos da indústria

Os segmentos industriais são divididos em: Naval; Bens de Capital; Siderurgia; Automotivo; Eletroeletrônico; Aeroespacial e Defesa. Trabalhadores que representam empresas ligadas a cada segmento formam grupos permanentes, de âmbito nacional, para debater as demandas específicas de suas áreas. A partir desta organização, é possível construir pautas nacionais e globais que representam as demandas dos metalúrgicos e metalúrgicas.

“O nosso funcionamento passa principalmente por buscar construir pautas de debate com o governo federal, via seus ministérios. Nós já tivemos vários encontros ao longo desse mandato, com os ministérios da Indústria, da Agricultura, das Minas e Energia, da Defesa, do Trabalho, entre outros espaços do governo federal. O objetivo desses encontros, dessas reuniões com os Ministérios, é acompanhar o crescimento econômico, monitorar o conteúdo local - algo muito importante a ser debatido para que a gente mantenha uma produção mínima a nível nacional e não deixando que a produção industrial seja direcionada a outros países”, explica Juarez.

A divisão em segmentos permite também que as pautas sejam debatidas mais próxima das bases sindicais, e fortalece a articulação e negociação política com setores patronais e o governo federal, a fim de contribuir para melhoria das condições de trabalho e para uma política industrial forte que considere a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras.

“Você conhece a política pública do seu setor, a tecnologia, os investimentos, a organização do trabalho, as condições de trabalho. Você enxerga também as especificidades de cada setor, o que eles têm de único, e também as integralidades, onde eles conversam. Não dá pra falar de eletroeletrônico sem falar de automotivo. Se falarmos de siderurgia, praticamente toda a cadeia produtiva é envolvida. Enfim, podemos debater com o governo, com os empresários, com trabalhadores, as políticas setoriais da indústria”, afirma o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira.

NIB

O Nova Indústria Brasil foi lançado pelo governo federal no ano passado com o objetivo de impulsionar a indústria nacional até 2033 usando subsídios, empréstimos com juros reduzidos e investimentos federais, além da participação do setor privado.

O programa foi estruturado a partir de seis missões estratégicas que representam áreas prioritárias para o desenvolvimento industrial do país. Entre os setores que receberão atenção, estão a agroindústria, a saúde, a infraestrutura urbana, a tecnologia da informação, a bioeconomia e a defesa.

Seminário "A Nova Indústria Brasil (NIB) e seus impactos na indústria metalúrgica"

Data: 8 de abril de 2025
Horário: 14h
Locais:
- Presencial: Sede Nacional da CUT (São Paulo)
- Online: Através de link da plataforma Zoom