Professores, professoras e demais trabalhadores e trabalhadoras da educação de todo o país se mobilizam nesta quarta-feira (24) em defesa da escola pública de qualidade, democrática e que respeita os profissionais da educação.
A paralisação nacional, engajada por sindicatos filiados à CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), integra as ações da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública - uma campanha anual que reafirma a importância da valorização profissional, do investimento adequado e da gestão democrática nas escolas públicas.
A Semana Nacional chama a atenção da sociedade para os riscos da transferência de recursos públicos para o setor privado, fragilizando a gestão democrática e reduzindo direitos como piso salarial, planos de carreira e concursos públicos, levando a desvalorização profissional dos/as professores/as e funcionários/as da educação.
Veja como foram as mobilizações em todo o Brasil:
CEARÁ
Em Fortaleza, o SINDIUTE deu início ao movimento ainda na terça-feira (23), reunindo educadores(as) em um ato que cobrou do prefeito Evandro Leitão mais respeito e compromisso com a educação. Alunos (as) também participaram, entregando cartas escritas por eles próprios, com relatos que revelam os impactos da precarização nas salas de aula.
MARANHÃO
Em São Luís, o ato público desta quarta-feira (23) aconteceu na Praça Deodoro Centro. Um VT produzido pelo Sindeducação foi veiculado na TV Mirante (Globo), para convocar professores (as), estudantes, entidades apoiadores e comunidade em geral para participação na Paralisação Nacional pela Educação Pública.
PARAÍBA
Em João Pessoa, a manifestação realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educac¸a~o do Estado da Parai´ba (SINTEP-PB), nesta quarta-feira, 23 de abril, na Praça dos Três Poderes, em frente à Assembleia Legislativa, em virtude da Paralisação Nacional pela Educação Pública, convocada pela CNTE, em parceria com os sindicatos municipais de João Pessoa, Bayeux e Cabedelo, reuniu dezenas de profissionais da educação para lutar contra os riscos da privatização, militarização e desvalorização da profissão, além das reivindicações locais no sentido de fortalecer a luta por um ensino público, democrático e de qualidade. As escolas estaduais da 1ª Regional e desses municípios paralisaram suas atividades em 100%.
PERNAMBUCO
Nesta quarta-feira (23), professores do Recife participaram de um ato público durante a paralisação nacional da educação, reunindo uma grande quantidade de trabalhadores em defesa da educação pública e da valorização profissional. A mobilização destacou reivindicações como o piso salarial, melhores condições de trabalho, estrutura escolar digna e respeito aos direitos da categoria.
Na quinta-feira (24), haverá uma mesa de negociação com a Prefeitura do Recife, e o SIMPERE convoca os professores para uma vigília a partir das 9h em frente à Prefeitura. Jaqueline Dornelas, coordenadora do sindicato, afirmou que a categoria rejeita o reajuste de apenas 1,5% e exige o pagamento dos 6,27% incorporados à carreira, além de reparação por perdas passadas, ameaçando greve caso as demandas não sejam atendidas.
PIAUÍ
No Piauí, o SINTE-PI realiza uma série de atividades centradas no lema “Escola pública não é negócio. É direito!”. A programação denuncia os processos de privatização do ensino, a retirada de direitos e a precarização das condições de trabalho dos (as) profissionais da educação, além de paralisação.
MINAS GERAIS
Nesta quarta-feira (23), o Sind-UTE/MG aderiu à Paralisação Nacional da Educação com plenária estadual e marcha em Belo Horizonte, mobilizando trabalhadores da educação em defesa da escola pública. As ações integram a 26ª Semana Nacional promovida pela CNTE e reforçam a luta por uma educação democrática e de qualidade diante dos ataques e retrocessos vividos no estado.