Notícia - Marcha da Classe Trabalhadora: Bancários vão a Brasília por justiça tributária e redução da jornada

No próximo dia 29 de abril (terça-feira), em Brasília, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, juntamente com diversas outras categorias de trabalhadores das cidades e do campo, participará da Marcha da Classe Trabalhadora.

Convocada pela CUT, juntamente com as demais entidades que fazem parte do Fórum das Centrais Sindicais, a marcha faz parte das atividades do 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador e da Trabalhadora, e antecede uma série de ações estratégicas que serão realizadas até 2026 para fortalecer a atuação do movimento sindical.

A iniciativa, batizada de “Por um Brasil mais justo: Solidário, Democrático, Soberano e Sustentável”, é organizada pelas centrais CUT, CSB, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, Pública e Intersindical.

Pauta da Classe Trabalhadora

Após a Marcha da Classe Trabalhadora, será entregue um um documento com reivindicações aos presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, e do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Aloysio Corrêa da Veiga.

Entre as principais reivindicações que compõem o documento estão a redução da jornada de trabalho sem redução salarial; fim da escala 6×1; medidas contra a alta do custo de vida; isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5.000, com descontos para quem recebe até R$ 7.000; redução das taxas de juros; e incentivo à geração de empregos.

O documento também reforça a luta pela igualdade salarial e de oportunidades entre homens e mulheres.

Menos impostos para bancários

Uma das principais reivindicações da Pauta da Classe Trabalhadora, a isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5.000, com descontos para quem recebe até R$ 7.000 - já apresentada pelo governo Lula como projeto de lei PL (1087/2025) - se aprovada no Congresso beneficiará boa parte da categoria bancária, significando até mesmo um 14º salário para muitos trabalhadores.

Se o projeto for aprovado:

  • 54 mil bancários não precisarão pagar impostos;
  • 68 mil terão descontos no valor a pagar;
  • 26 milhões de brasileiros, no total, estarão isentos.

Quem ganha mais, paga mais

Como o governo é obrigado pela legislação a propor medidas compensatórias para a perda de arrecadação com o aumento da faixa de isenção do IR, foi incluída no projeto de lei uma alíquota mínima de até 10% de IR para quem ganha mais de R$ 600 mil por ano e não paga IR, ou paga taxa abaixo do que é cobrado para esta faixa de renda.

Entram nessa conta (de mais R$ 600 mil por ano) salário, renda com aluguéis, dividendos e outros rendimentos (não entram na soma herança e venda de bens). Para os que ganham mais de R$ 600 mil ao ano, aplica-se uma alíquota que cresce gradualmente, até chegar a 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais.

Mas essa regra só vai afetar 141 mil pessoas, que correspondem a 0,06% da população brasileira e 0,13% de todos os contribuintes do país. Hoje, a alíquota média destes contribuintes de alta renda é de apenas 2,54%.

Vamos à luta!

"Estaremos em Brasília para reforçar as nossas pautas e fazer a disputa para que elas avancem no âmbito do governo federal, do Congresso e do Judiciário. Reivindicamos a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, com descontos para quem recebe até R$ 7 mil, instituindo também alíquota mínima para quem ganha a partir de R$ 600 mil por ano. Uma medida de justiça tributária. Também reivindicamos a redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários; o fim da escala 6x1; redução da taxa de juros; a igualdade de remuneração e oportunidades entre homens e mulheres; entre outros pontos"

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

"Vamos juntos lutar para que o projeto de país dos trabalhadores e trabalhadoras, eleito nas urnas em 2022, possa seguir avançando", conclui Neiva.

Programação unificada das centrais sindicais

  • 29 de abril: Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília
  • 1º de maio: Dia Internacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras
  • 9 de abril a 31 de maio: Ações nos sindicatos, sedes estaduais, organizações por ramos de atividade, nas comunidades e redes sociais


Fonte:  Sindicato dos Bancários de São Paulo - 23/04/2025


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