No último dia 16 de abril, os trabalhadores da TK Elevator, em Guaíba (RS), participaram de uma assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre para deliberar sobre a proposta negociada na comissão do Programa de Participação nos Resultados (PPR).
Durante a atividade, Rudinei Fernandes, vice-presidente do Sindicato, destacou a importância de manter o debate político junto aos trabalhadores. Ele alertou sobre os impactos das recentes mudanças na Previdência, que estão obrigando muitos brasileiros a permanecerem mais tempo no mercado de trabalho antes de se aposentar. “É fundamental que todos saibam o que está acontecendo no Brasil e no mundo, porque essas decisões atingem diretamente a vida da classe trabalhadora”, frisou Rudinei.
Na sequência, Lírio Segalla, presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos, reforçou a luta histórica pela redução da jornada de trabalho e o fim do regime de seis dias trabalhados por um de descanso (6×1). “A luta é para que os trabalhadores tenham mais qualidade de vida, tempo para suas famílias e lazer”, disse. Lírio também falou sobre as negociações salariais deste ano, ressaltando a reivindicação de 10% de reajuste para tentar repor as perdas inflacionárias acumuladas.
Outro ponto importante da assembleia foi o relato de Taíse Almeida, diretora do Sindicato e funcionária da TK Elevator. Ela denunciou a situação preocupante de saúde mental enfrentada pelos trabalhadores da empresa, com casos recorrentes de negligência e demissões após afastamentos médicos. Taíse também chamou a atenção para a falta de ergonomia e de locais adequados de descanso para os funcionários, incluindo os terceirizados da limpeza.
Rodrigo Campos, dirigente sindical e também trabalhador da fábrica, explicou os detalhes das negociações do PPR. “A gente colocou em negociação, a empresa ofereceu o INPC de 2024 e o Sindicato contrapôs dizendo que poderíamos ter um ganho real. Conseguimos um adicional no vale natalino, que era de R$ 250, e conseguimos um acréscimo de mais R$ 500”, relatou.
Além disso, Rodrigo destacou a conquista de um aumento no percentual do PPR. Enquanto a proposta inicial da empresa era de 4%, o Sindicato defendeu e garantiu o reajuste para 5%, garantindo um valor maior para os trabalhadores.
Encerrando a assembleia, a proposta negociada foi colocada em votação e aprovada por unanimidade pelos trabalhadores presentes. O Sindicato também aproveitou a ocasião para coletar assinaturas para o abaixo-assinado em defesa da redução da jornada de trabalho, reafirmando o compromisso com as pautas que buscam melhorar as condições de vida e trabalho da categoria.