Notícia - Conferência de saúde da CNM/CUT elege delegados para a 5ª CNSTT

A CNM/CUT elegeu os delegados que irão participar da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT), evento organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e promovido pelo Ministério da Saúde, marcado para ser realizado entre os dias 18 e 21 de agosto, em Brasília. Os delegados eleitos são o titular Cleverson Valdir de Oliveira (Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville) e a suplente Catiana Leite Nunes (Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre).

O tema da 5ª CNSTT será “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”. A expectativa é que até agosto, o evento nacional mobilize mais de 500 conferências preparatórias, incluindo as conferências livres, estaduais, regionais e macrorregionais, subsidiando os delegados e delegadas que participarão da etapa nacional em um processo ascendente e democrático de construção de políticas públicas de saúde.

Para chegar aos delegados eleitos, os metalúrgicos e metalúrgicos cutistas realizaram de forma virtual em 24 de abril a 1ª Conferência Livre Nacional de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador da CNM/CUT (1ª CLNSTT), debatendo o tema "A Participação dos(as) Trabalhadores(as) Metalúrgicos(as) na Luta pela Garantia da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”.

Na abertura da conferência, o secretário de Saúde do Trabalhador, Previdência Social e Meio Ambiente da CNM/CUT, Francisco Jonaci de Almeida, destacou a importância do espaço de debates proporcionado pelo evento para a reflexão e construção coletiva da luta pelo trabalho decente, seguro e saudável para nossa classe trabalhadora.

“Os nossos trabalhadores estão sofrendo muito e pela doença do século, que é a doença psíquica, a doença mental. A gente precisa muito se unir e trabalhar muito por eles. A gente não pode de forma alguma, enquanto CNM/CUT, ficar de fora de um debate fundamental desses que é sobre a saúde do trabalhador”, salientou Jonaci.

Em sua saudação, o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, alertou para a falta de atenção com o tema da saúde do trabalhador no dia a dia do movimento sindical e que é preciso ter uma postura mais voltada à prevenção para preservar a saúde do trabalhador.

“Os sindicatos não tratam a saúde como prioridade, é uma tema secundário dentro dos sindicatos. Nós costumamos muito cuidar das pessoas a partir das sequelas, do curativo, cuidar das pessoas a partir dos problemas que elas enfrentam na saúde. E nós temos que aprender a trabalhar a prevenção, para evitar as consequências”, disse Loricardo.

A secretária de Saúde do Trabalhador da CUT Nacional, Josivania Ribeiro Cruz Souza, parabenizou a categoria pela organização do seminário e reforçou a importância de atender os anseios dos trabalhadores e trabalhadoras para construir as ações voltadas à saúde do trabalhador.

“Contem com a secretaria de saúde do trabalhador da CUT para que a gente possa cada vez mais fortalecer e lutar por uma política de saúde do trabalhador, que a gente possa ter um trabalho digno e que possa ter segurança nos nossos ambientes de trabalho”, afirmou Josivânia.

 

Cenário atual e desafios

A médica, doutora em saúde pública e pesquisadora de saúde do trabalho da Fundacentro, Maria Maeno, fez uma apresentação onde usou como fio condutor o tema da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, saúde do trabalhador como direito humano. 

A especialista trouxe um amplo quadro de como é tratada a saúde do trabalhador no Brasil, abordando a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, as condições precárias que acabam desaguando em acidentes e doenças do trabalho, o atual cenário do mundo do trabalho e como as mudanças tecnológicas afetam a saúde dos trabalhadores, os desafios do tema no Brasil. Além disso, ela defendeu uma proposta de melhorias que envolvam todas as esferas de governo (federal, estadual, municipal), além do aprimoramento do SUS (Sistema Único de Saúde) e da construção de experiências que possam servir de vitrine para melhorias nas ações.

“Cada um de nós que está no território, em diferentes territórios, deve se debruçar sobre os problemas que atingem as nossas categorias e juntar com outras categorias e outros movimentos, porque os territórios devem ser apropriados por todos os trabalhadores e trabalhadoras construindo uma intersetorialidade tanto no governo municipal, estadual, como no governo federal. Temos boas experiências, por exemplo, em Campinas. São coisas que podem servir de vitrines para outras experiências relacionadas à saúde do trabalhador”, afirmou Maria Maeno.

Após a apresentação, houve um debate com os participantes. Em seguida, foram lidas as propostas da Conferência da categoria, a eleição dos delegados para a etapa nacional, e os encaminhamentos finais.


Fonte:   CNM/CUT - 29/04/2025


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