As ruas de Brasília receberam, nesta terça-feira (29), uma importantíssima jornada de lutas: a Marcha da classe trabalhadora. Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais, a mobilização reuniu trabalhadores de diversas categorias que marcharam até os principais centros de poder da capital federal: o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Ministério do Trabalho e a Presidência da República.
A mobilização reivindicou algumas das pautas prioritárias da categoria petroleira nesse momento, como o fim da escala 6×1, assim como uma das pautas históricas do movimento sindical: a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Além disso, a marcha defendeu a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Outros pontos defendidos pelas centrais são também o fim da reforma trabalhista de 2017, a valorização do salário mínimo, a regulamentação do trabalho por aplicativo e políticas efetivas contra o assédio moral e a precarização.
Categoria petroleira presente
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a categoria petroleira tiveram presença expressiva na mobilização, com delegações vindas de várias partes do país, que colocaram pautas importantes como a luta pela isonomia no Sistema Petrobrás, melhorias nas condições de trabalho e garantia da vida dos trabalhadores e trabalhadoras na companhia.
No carro de som, a diretora da FUP e coordenadora geral do Sindipetro Unificado, Cibele Vieira, reforçou a importância de se repensar a lógica do tempo e da vida dos trabalhadores: “Não é possível, com tantos avanços tecnológicos e na produção do trabalho, que poucos sejam beneficiados por isso. É possível reduzir a jornada de trabalho para todos terem mais tempo para dedicar a suas vidas. Seguimos juntos, por um mundo mais justo e melhor”.
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Já o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, também presente na capital federal, enfatizou o impacto da mobilização: “É importante essa Marcha da Classe Trabalhadora, com milhares de pessoas aqui em Brasília, justamente para nós pressionarmos tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo para que a redução da jornada de trabalho seja aprovada e também a isenção de imposto de renda para os trabalhadores e trabalhadoras que ganham até 5 mil reais. Tenho certeza que essa marcha, pelo tamanho e a importância que teve será um instrumento de pressão para a aprovação das pautas da classe trabalhadora que foi entregue hoje ao Presidente Lula”.
Presidente Lula recebe pauta da classe trabalhadora
Após a marcha, representantes das centrais sindicais entregaram, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a pauta de reinvidicações apresentada pelos trabalhadores e trabalhadoras durante a mobilização. Além dos presidentes das centrais sindicais, estiveram presentes o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República, Gleisi Hoffman, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macêdo e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.