Na manhã desta terça-feira, 6 de maio, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou ativamente de um grande ato convocado pelas centrais sindicais — Força Sindical, CUT, CTB, CSB, Nova Central e Pública — realizado em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, com um recado claro: Redução dos juros já! A taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, segue entre as mais altas do mundo e tem travado o consumo, a produção e o desenvolvimento econômico do país.
Representando a UGT, o diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Josimar Andrade, fez um discurso contundente que ecoou entre os trabalhadores e movimentos sociais presentes. Em sua fala, ele fez uma conexão entre a luta política e a cultura, destacando a 11ª edição da Exposição UGT da Paulista, uma das maiores mostras de arte a céu aberto do mundo, que ocupa a avenida com obras dos artistas Xadalu Tupã Jekupé e Pri Barbosa. Com o tema “Cidades: Meio Ambiente e Direitos Humanos”, a exposição integra as ações da UGT pelo Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio.
Josimar também criticou duramente a postura do Banco Central e sua resistência a adotar uma política monetária que estimule a economia real. "Com a saída de Campos Neto e a entrada de Gabriel Galípolo, esperávamos um novo rumo, mais voltado ao desenvolvimento social e econômico. Mas o que estamos vendo é uma presidência pipoqueira, que tem medo de enfrentar o mercado financeiro e apoiar pautas sérias como a ampliação do crédito consignado para trabalhadores CLT e a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. O Brasil precisa decolar de vez!", afirmou.
Durante o ato, pipocas foram distribuídas simbolicamente aos pedestres e manifestantes — uma forma criativa de denunciar que os membros do Banco Central “pipocam” diante dos interesses do mercado financeiro, mantendo os juros altos em detrimento do povo.
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo também estendeu uma faixa reivindicando o fim da jornada 6x1, denunciando as condições precárias enfrentadas por trabalhadores do comércio. “Não é possível que um país com a maior taxa de juros do mundo continue crucificando o povo brasileiro em nome da especulação financeira”, concluiu Josimar.
A manifestação reuniu dirigentes sindicais, partidos políticos, movimentos estudantis como a UMES, e diversos representantes da sociedade civil — todos unidos pela defesa do Brasil, da produção nacional e do direito de viver com dignidade.