Notícia - CUT participa de ato em defesa da democracia no segundo dia do Congresso da CSA

Nesta quinta-feira, 15, segundo dia do 5º Congresso da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), realizado na República Dominicana, o ato político “Defesa da democracia e combate à extrema direita: prioridades políticas do movimento sindical das Américas” reuniu lideranças de todo o continente em torno da preservação da democracia diante do avanço global de projetos autoritários e fascistas.

Representando a CUT, o Secretário-Geral, Renato Zulato, alertou que que a democracia está sob ataque constante e que cabe ao movimento sindical ampliar sua ação política e formativa junto à classe trabalhadora.

“Democracia é só o povo ir lá votar e eleger seus governantes? Então, nós temos um problema na questão da democracia. E cabe a nós, sindicalistas, nós no movimento sindical, fazer chegar até os territórios, fazer chegar até os trabalhadores, qual é a melhor proposta, porque esses governantes de extrema-direita são eleitos pelo povo. Se democracia é só isso, tem uma falha nas nossas democracias”, alertou Zulato.

Em sua fala, ele destacou a sintonia entre a Plataforma da Classe Trabalhadora, construída pelas centrais sindicais brasileiras, e o documento da CSA, que orienta a ação sindical continental na luta contra o neoliberalismo, o fascismo e a extrema direita.

“No Brasil, realizamos no dia 29 de abril uma grande plenária e a Marcha da Classe Trabalhadora, em Brasília, com todas as centrais. Entregamos nossa plataforma ao presidente Lula. Ela está alinhada aos quatro eixos centrais do documento da CSA. Isso mostra que estamos juntos, em unidade de ação”, afirmou.

O dirigente ainda denunciou os sucessivos ataques à democracia no Brasil, desde a ditadura militar até os episódios mais recentes. Ele citou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, a prisão política de Lula em 2018 e os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que tinha por objetivo por parte dos extremistas não apenas tomar o poder como também assassinar lideranças, entre elas o próprio presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

“Descobrimos depois que havia planos para assassinar o presidente do Supremo Tribunal Federal, o vice-presidente e também o presidente Lula. Chegamos em uma situação eu não é só golpe”, disse o dirigente, citando que essas ações são patrocinadas por setores da elite, do agronegócio e de empresas transnacionais que sustentam a extrema direita.

Renato Zulato também reforçou que a resposta a essas ameaças deve ser firme e contínua, e que não pode haver conivência com os responsáveis pelos atentados à ordem democrática.

“Contra esses fascistas que tentaram dar um golpe no Brasil, estamos dizendo a todo momeno: não tem anistia para fascista e para golpista. Golpista, seja militar ou civil, tem que ir para a cadeia. Há um projeto de lei no Congresso querendo exatamente isso: anistiar os responsáveis pelo golpe de 2023, para beneficiar Bolsonaro, que está inelegível”, denunciou, completando que deve haver “resistência a todo momento”.

Ameaça continental

O Secretário-Geral da CUT chamou a atenção para o movimento internacional da extrema direita, que atua de forma coordenada e para a necessidade de o movimento sindical e movimentos populares impedirem esse avanço.

‘Para nós brasileiros, só temos uma esperança, é reeleger o presidente Lula em 2026, porque senão a extrema-direita, o fascismo não volta a governar o Brasil. Isso não ataca só a democracia no Brasil, ataca toda a América Latina.

Zualto pontuou a importância das eleições e a escolha de candidatos que sejam comprometidos com as pautas democráticas e a urgência de ampliar o diálogo com a base trabalhadora para evitar que projetos autoritários retornem ao poder.

O ato reforçou o compromisso da CSA e das centrais filiadas com a democracia, os direitos sociais e o combate frontal à extrema direita.

 


Fonte:  Tezeu Bezerra/FUP e André Accarini / Foto: Tezeu Bezerra - 16/05/2025

 

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