Notícia - Metalúrgicas cutistas participam de Encontro das Mulheres Trabalhadoras da CUT

As metalúrgicas CUTistas estiveram presentes no Encontro Nacional das Mulheres Trabalhadoras da CUT, realizado entre os dias 23 e 25 de maio, no Centro de Estudo Sindical Rural (CESIR), da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) em Brasília.

Trabalhadoras de todo o Brasil se reuniram para debater os principais desafios das mulheres brasileiras — no trabalho, em casa, nas ruas, nos sindicatos e na luta. Juntando suas vozes potentes, elas construiram caminhos para uma CUT mais forte, mais feminista e mais presente na vida das trabalhadoras.

“Tudo que foi debatido e apresentado no encontro as mulheres cutistas vão levar para suas bases e envolver as mulheres para que possamos avançar nas pautas, algo que é dever não só das mulheres mas também dos homens, principalmente as conferências estaduais e municipais que vão acontecer”, afirmou a secretária de Mulheres da CNM/CUT, Maria de Jesus Marques de Almeida, que esteve no evento.

A dirigente reforça que o evento está alinhado com as lutas das metalúrgicas, e destacou que foi abordado a importância de redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1 para as mulheres trabalhadores, além do papel da CIPA em discutir e fiscalizar o assédio e violência no local de trabalho.

“Todas as pautas têm muito haver com as metalúrgicas, com nossas bandeiras de lutas. Um ponto importante não só para as metalúrgicas, mas em geral para todas as mulheres, é a questão do protocolo de prevenção e ação em casos de discriminação, que foram redigido alguns pontos para que seja melhorado e ser aplicado. Outro ponto foi a Convenção 190 da OIT, da importância dela ser ratificada, e que hoje, infelizmente, está nas mãos da direita fascista”, disse Maria de Jesus.

 

Preparação para novos desafios

A secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT, Amanda Corcino avaliou que o encontro em Brasília foi bastante representativo, por reunir as secretarias de mulheres de vários estados e ramos da Central, e que os debates servirão para preparar o Coletivo Nacional de Mulheres da CUT para as próximas agendas e debates deste ano.

“O encontro vem em um momento de grandes desafios. Esse ano temos a 5ª Conferência  Nacional de Política para as Mulheres, a Marcha das Mulheres Negras e a Plenária Nacional da CUT. O encontro foi muito proveitoso no sentido de debater estratégias de mobilização e organização visando garantir uma ampla participação das mulheres da CUT nessas atividades”, destacou a dirigente cutista.

Ela explica que foi feito também um planejamento democrático da secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT até 2027, quando se encerra o atual mandato, e foi feito também uma análise de conjuntura que traz preocupações para as trabalhadoras por conta do avanço político da extrema direita, que ameaça a luta das mulheres no país.

“Tivermos também um fato simbólico e histórico nesse encontro, o debate e aprovação do protocolo de prevenção e ação em casos de discriminação, assédio e violência por razões de gênero da CUT. É um avanço importante para nós mulheres, onde a Central terá um mecanismo interno de combate a discriminação que possa garantir um ambiente seguro sem assédio para nós mulheres. A avaliação final foi bem positiva, a sororidade do nosso coletivo fortaleceu nossa esperança na construção de um sindicalismo com perspectiva de gênero e recarrregou nossas baterias para as próximas lutas que virão”, concluiu Amanda.

 


Fonte:  Redação CNM/CUT com informações da CUT-DF - 29/05/2025

 

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