Notícia - Quinta (10) é dia de ir às ruas exigir a taxação dos super-ricos

O que você faria se ganhasse mais R$ 4 mil ao ano? É mais do que o valor de um 14º salário para 90% dos trabalhadores e trabalhadoras do país que ganham em torno de R$ 3.500 mensais. Com esse dinheiro extra você pode comprar uma geladeira, planejar uma viagem, pagar boletos atrasados, levar a família para jantar fora e ir à praia. Enfim, uma série de coisas boas que o trabalhador merece.

Mas como fazer para ter acesso a esse dinheiro? Para começar é preciso apoiar a taxação dos bilionários, bancos e BETs, que acumulam fortunas e não pagam imposto de renda como a gente já paga. Por isso seu apoio é fundamental na próxima quinta-feira, dia 10, no ato que a CUT e outras entidade que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo farão no vão live do MASP, na Avenida Paulista, a partir das 18 horas, apoiando a taxação dos super-ricos. O mote é "Centrão, o povo não vai pagar a conta".

Para você entender o que está em jogo: o governo Lula (PT) propôs isentar quem ganha até R$ 5 mil do imposto de renda, mas para isso o governo precisa ter dinheiro em caixa e, a forma encontrada é fazer bilionário pagar, coisa que hoje não acontece. Com a progressividade da tabela do imposto de renda, quem ganha até R$ 7 mil também será beneficiado.

A proposta inclui a criação de um imposto mínimo, que será aplicado a pessoas com rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. A alíquota desse imposto será progressiva, podendo alcançar até 10% para aqueles que ganham mais de R$ 1,2 milhão por ano. Essa medida deve impactar cerca de 141,4 mil contribuintes de alta renda, que atualmente pagam uma média de 2,5% de alíquota efetiva.

A carga tributária relativa aos impostos indiretos, cobrados no consumo de produtos e serviços que os 10% mais pobres pagam chega a 23,4% da sua renda bruta enquanto que para os 10% mais ricos é de 8,6%.

Mas no Brasil, a taxação dos super-ricos sofre uma forte resistência porque dos 594 parlamentares no Congresso, 273 são empresários e 160 fazendeiros. Juntos, representam 72% dos deputados.

Ir ao ato no dia 10 (quinta-feira) vai pressionar os parlamentares a votarem a favor do projeto. O povo na rua além de pedir a taxação dos bilionários, também reivindicará o fim da escala 6 X 1 e a redução da jornada de trabalho sem redução salarial.

A diferença entre o que você ganha e os bilionários

Nem se você ganhasse na mega-sena da virada do ano 10 vezes seguidas e sozinho o valor chegaria perto da fortuna desses bilionários.

Segundo a revista Forbes, que publicou a lista de bilionários no mundo em 1º de abril deste ano, houve um número recorde de 3.028 pessoas ao redor do mundo, sendo 55 brasileiros. Juntos, eles acumulam um patrimônio recorde de US$ 16,1 trilhões (R$ 91,8 trilhões), US$ 2 trilhões (R$ 11,4 trilhões) a mais do que um ano atrás e mais do que o PIB de qualquer país do mundo, exceto EUA e China. A fortuna média agora é de US$ 5,3 bilhões (R$ 30,2 bilhões), um aumento de US$ 200 milhões (R$ 1,14 bilhão) em relação a 2024. O mais rico de todos é Elon Musk, com um patrimônio estimado em US$ 342 bilhões (R$ 1,95 trilhão).

Veja a lista completa de bilionários brasileiros. Os valores são em dólares.

  1. Eduardo Saverin — US$ 34,5 bilhões
  2. Vicky Safra — US$ 20,7 bilhões
  3. Jorge Paulo Lemann — US$ 17 bilhões
  4. David Velez — US$ 10,7 bilhões
  5. Carlos Alberto Sicupira — US$ 7,6 bilhões
  6. André Esteves — US$ 6,9 bilhões
  7. Fernando Roberto Moreira Salles — US$ 6,5 bilhões
  8. Miguel Krigsner — US$ 6,1 bilhões
  9. Pedro Moreira Salles — US$ 6,1 bilhões
  10. Alexandre Behring — US$ 5,7 bilhões
  11. João Moreira Salles — US$ 4,5 bilhões
  12. Walther Moreira Salles Junior — US$ 4,5 bilhões
  13. Jorge Mol Filho e família — US$ 4,4 bilhões
  14. Joesley Batista — US$ 3,8 bilhões
  15. Wesley Batista — US$ 3,8 bilhões
  16. Maurizio Billi — US$ 3,7 bilhões
  17. Alceu Elias Feldmann e família — US$ 3,3 bilhões
  18. José João Abdalla Filho — US$ 3,2 bilhões
  19. Mário Araripe — US$ 3 bilhões
  20. João Roberto Marinho — US$ 3 bilhões
  21. José Roberto Marinho — US$ 3 bilhões
  22. Roberto Irineu Marinho — US$ 3 bilhões
  23. Lírio Parisotto — US$ 2,5 bilhões
  24. Marcel Herrmann Telles e família — US$ 2,3 bilhões
  25. Alexandre Grendene Bartelle — US$ 2,2 bilhões
  26. Julio Bozano — US$ 2,1 bilhões
  27. Luciano Hang — US$ 2 bilhões
  28. Jayme Garfinkel e família — US$ 1,8 bilhão
  29. Guilherme Benchimol — US$ 1,7 bilhão
  30. Alfredo Egydio Arruda Villela Filho — US$ 1,7 bilhão
  31. Luiz Frias — US$ 1,7 bilhão
  32. Ilson Mateus e família — US$ 1,7 bilhão
  33. Sasson Dayan e família — US$ 1,5 bilhão
  34. Ana Lucia de Mattos Barretto Villela — US$ 1,5 bilhão
  35. Artur Grynbaum — US$ 1,5 bilhão
  36. Rubens Menin Teixeira de Souza — US$ 1,5 bilhão
  37. Rubens Ometto Silveira Mello — US$ 1,5 bilhão
  38. Carlos Sanchez — US$ 1,5 bilhão
  39. Eduardo Voigt Schwartz — US$ 1,5 bilhão
  40. Mariana Voigt Schwartz Gomes — US$ 1,5 bilhão
  41. Cristina Junqueira — US$ 1,4 bilhão
  42. José Roberto Ermirio de Moraes — US$ 1,3 bilhão
  43. Jose Ermirio de Moraes Neto — US$ 1,3 bilhão
  44. Daniel Feffer — US$ 1,3 bilhão
  45. David Feffer — US$ 1,3 bilhão
  46. Neide Helena de Moraes — US$ 1,3 bilhão
  47. Vera Rechulski Santo Domingo — US$ 1,3 bilhão
  48. Jorge Feffer e família — US$ 1,2 bilhão
  49. Ruben Feffer — US$ 1,2 bilhão
  50. Lívia Voigt de Assis — US$ 1,2 bilhão
  51. Dora Voigt de Assis — US$ 1,2 bilhão
  52. Antônio Luiz Seabra — US$ 1,1 bilhão
  53. Jose Isaac Peres e família — US$ 1,1 bilhão
  54. Liu Ming Chung — US$ 1,1 bilhão
  55. Lucia Maggi e família — US$ 1 bilhão

Para demonstrar seu apoio às pautas defendidas, você também pode votar no Plebiscito Popular,  uma consulta pública para saber a opinião de trabalhadores e trabalhadoras sobre esses temas importantes para a população.


Fonte:   Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha - 07/07/2025

 

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