Notícia - CSB participa de encontro da Frente Parlamentar Mista pelo Combate às Desigualdades em Brasília

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), representada por seu vice-presidente Flávio Werneck, participou nesta quinta-feira (10) de um encontro promovido pela Frente Parlamentar Mista pelo Combate às Desigualdades e pelo Sindifisco Nacional sobre o Projeto de Lei 1087/2025, que trata da reforma do Imposto de Renda. 

Werneck manifestou apoio irrestrito das centrais sindicais ao projeto apresentado pelo Sindifisco, que prevê a correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação acumulada de 2023 a 2025, projetada em 15,78%. “A distribuição tributária no Brasil é totalmente disforme. Quem ganha mais, não paga nada, e ainda recebe concessão”, criticou o dirigente sindical.

A proposta de emenda do Sindifisco beneficiaria 38 milhões de pessoas, mantendo a isenção até R$ 5 mil e concedendo desoneração parcial até R$ 7 mil, conforme a proposta do governo, mas ampliaria o número de beneficiados devido à correção de toda a tabela pela inflação.

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O custo da proposta, segundo a entidade, seria de R$ 43,6 bilhões, compensados por alíquota mínima de 15% para rendas anuais de R$ 2,4 milhões, o que arrecadaria R$ 56 bilhões. Na proposta do governo, mantida no parecer do relator Arthur Lira e apresentando também nesta quinta, a alíquota mínima é de 10% para rendas acima de R$ 1,2 milhão.

 

Novas desigualdades

Em sua intervenção, Werneck fez duras críticas ao Congresso Nacional, que, na sua opinião, tem sido omisso no combate às desigualdades e tem propostas que até mesmo colabora para agravá-las. “O Congresso Nacional infelizmente cria e recria desigualdade. Para se ter uma ideia, este estão propondo até mesmo a suspensão da Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres”, afirmou.

Ele lembrou também como novas formas de desigualdades têm surgido e citou os trabalhadores em aplicativos, que hoje estão lutando até mesmo para ter o mínimo de garantia caso se acidentem em suas atividades, uma situação classificado por Werneck como “neufeudalismo” da internet. 

“Em vez de o trabalhador estar preso à terra, como no feudalismo, quando ele não podia sair da terra, hoje o trabalhador está preso ao aplicativo para conseguir sobreviver e, qualquer coisa que aconteça a ele, o aplicativo é isento de qualquer responsabilidade”, disse. 


Fonte:  CSB - 14/07/2025

 

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