Notícia - Entidades reforçam defesa da democracia e soberania em ato na USP

Na manhã desta sexta-feira, 25 de julho, o Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, foi palco de um importante ato político em defesa da soberania nacional e da democracia brasileira. A atividade reuniu mais 200 entidades, entre centrais sindicais, movimentos sociais, organizações jurídicas, intelectuais, juristas, parlamentares e estudantes.

A CUT-SP e seus sindicatos, mais uma vez, marcaram forte presença na atividade, que teve como ponto alto a leitura pública da "Carta em Defesa da Soberania Nacional", documento que reafirma o compromisso com a autodeterminação do povo brasileiro e o repúdio a qualquer tentativa de intervenção ou chantagem externa que afronte as instituições do país.

A carta reafirma que decisões sobre o futuro do Brasil devem ser tomadas dentro do território nacional, com base nos princípios constitucionais e na vontade soberana do povo, e não sob pressão de interesses estrangeiros.

O governo norte-americano de Donald Trump busca chantagear o Brasil com ameaças comerciais e sanções a ministros do STF em troca do fim do julgamento de Jair Bolsonaro, apontando como um dos responsáveis pela tentativa de golpe em 2023, e da derrubada de decisões que responsabilizam as big techs em casos envolvendo crimes nas redes.

Presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart destacou a rápida reação da sociedade e do governo federal contra as investidas de Trump e falou da necessidade de alerta permanente. "Nossa Central e sindicatos, junto com os movimentos populares e a classe trabalhadora, reafirmam seu compromisso inegociável com a democracia e a soberania. Não aceitamos tutela estrangeira sobre nossas instituições e não permitiremos que traições ao país se disfarcem de estratégias políticas", afirmou Suzart.

O ato na USP foi marcado por palavras de ordem como “soberania não se negocia” e “sem anistia”, ecoando o sentimento de que defender a democracia também passa por enfrentar tentativas de desestabilização institucional e ameaças à economia nacional.

Estiveram presentes diversas lideranças políticas, acadêmicas e populares, entre elas ex-ministros, parlamentares, dirigentes de partidos políticos, representantes do Poder Judiciário, reitores, além de lideranças sindicais e do campo progressista.

Ao final, foi reforçado o chamado para que a sociedade brasileira siga mobilizada em torno da defesa da soberania e da democracia. Ao site da CUT Brasil, o presidente da Central, Sérgio Nobre, conclamou os brasileiros a participarem de um novo ato no dia 1º de agosto.

"Hoje fizemos uma grande resposta à maior ameaça já feita à democracia e à soberania do país por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Em 1964, a gente sabia que eles estavam por trás do golpe, porém era velado. Agora é um ataque explícito”, disse o presidente da CUT Nacional.

 

 


Fonte:  Rafael Silva - CUT São Paulo / Foto: Rafael Silva/CUT-SP - 28/07/2025

 

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