A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve interromper a alta da taxa básica de juros (Selic) que hoje está em 15% ao ano sendo o maior nível em quase duas décadas.
O mercado financeiro avalia que qualquer decisão diferente dessa será uma surpresa, pois é esperado que o colegiado mantenha o plano traçado no encontro anterior, em junho, quando foi sinalizado a pausa no aumento e analisar o impacto destes aumentos acumulados nos últimos dez meses.
Sindicalistas
Os seguidos aumentos da Selic é uma crítica constante do movimento sindical. Uma taxa tão alta prejudica a economia e a geração de emprego no país.
Após a última elevação ocorrida em junho, a Força Sindical em nota enfatiza a irresponsabilidade social e coloca mais amarras na produção e criação de vagas de trabalho.
“Os tecnocratas do Banco Central precisam entender que juro alto é veneno que mata a produção e o consumo. Juros altos são um convite à especulação e proporcionam excelentes rendimentos ao setor bancário em detrimento da indústria e comércio”, afirma a Força Sindical.
A presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), Juvandia Moreira se manifestou sobre o Brasil ter uma taxa tão alta dos juros básico. "Os juros altos desestimulam os investimentos e o consumo, cenário que impacta no mercado de trabalho. O Brasil estaria gerando muito mais vagas de emprego, de qualidade, com salários melhores, não fosse essa política monetária do Banco Central”, disse Juvandia.