Na sexta-feira (1°), data em que está prevista a implementação da taxa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos EUA, a CSP-Conlutas e demais centrais sindicais brasileiras convocam todos à se manifestarem contra este ataque imperialista promovido por pelo presidente americano Donald Trump.
Em São Paulo, o ato será realizado, a partir das 10h, em frente ao consulado estadunidense (R. Henry Dunant, 500, Santo Amaro) e também trará à tona pautas importantes para o trabalhador brasileiro, além da defesa da soberania nacional.
A luta pela prisão de Bolsonaro e todos aqueles que tentaram um golpe de estado em 8 de janeiro de 2023 é um dos carros chefes da mobilização, principalmente após Trump condicionar as novas tarifas a um possível “perdão judicial” ao ex-presidente brasileiro.
Há meses, Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, vem elaborando ameaças contra o Brasil para tentar salvar a pele do pai criminoso. Por isso, a manifestação também denuncia o golpismo dos Bolsonaro e o perigo que estes representam.
Nenhuma ingerência imperialista
Nossa Central também fará exigências ao governo Lula. É preciso aplicar a Lei de Reciprocidade e atuar na defesa dos interesses dos trabalhadores, garantindo empregos e pondo fim a uma série de políticas antipopulares.
É preciso por fim ao Arcabouço Fiscal, revogar as reformas trabalhista e da Previdência, além da Lei da Terceirização, por prejudicarem diretamente a vida da classe trabalhadora brasileira retirando direitos básicos.
Neste sentido, o fim da escala 6x1 de trabalho também faz parte da lista de reivindicações para melhorar as condições de vida de grande parte da população que está doente de tanto trabalhar.
Nossa Central defende ainda estatizar toda empresa que realizar demissões supostamente em razão do tarifaço. O governo tem total capacidade de fazê-lo para manter os postos de trabalho.
Momento de luta
O protesto se insere num momento em que a luta pela soberania nacional ganhou importância. No último dia 25, foi lançada a Carta em Defesa da Soberania Nacional, em São Paulo, com a presença de centenas de pessoas.
Ativistas, estudantes, sindicalistas e juristas estiveram presentes no Salão Nobre da Faculdade de Direito de São Paulo para a leitura do texto. O local faz parte da história de luta no país, em especial no âmbito da redemocratização.
Em São José dos Campos (SP), também ocorreu uma manifestação contra os ataques de Trump na tarde desta terça-feira (29).
Somente a classe trabalhadora brasileira unida poderá lutar contra a ameaça imperialista, a extrema direita e por uma vida digna. Por isso, o momento é de união para defender o país do imperialismo e os direitos do trabalhador.