Notícia - 17ª Plenária Estadual da CUT-SE define estratégias de lutas da classe trabalhadora

Entre os dias 25 e 26 de julho, a 17ª Plenária Estadual da CUT Sergipe reuniu lideranças sindicais do estado para debater estratégias e plano de lutas que serão levadas à 17ª Plenária Nacional da CUT "João Batista Gomes, o Joãozinho", que acontece em outubro, em São Paulo. O encontro foi realizado na sede do Sindicato do Fisco do Estado de Sergipe (SINDIFISCO), em Aracaju.

A 17ª Plenária Estadual da CUT-SE "Ângela Melo e Jorge Tupi" teve como objetivo discutir e avaliar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras nos últimos dois anos, a partir do que foi deliberado no último Congresso Nacional da CUT. Além disso, o evento debateu a conjuntura nacional e internacional, o cenário estadual, os desafios enfrentados pela classe trabalhadora e o plano de luta para o próximo período.

A Plenária Estadual elegeu como delegados para a Plenária Nacional da CUT: Leila Moraes, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), Edenildes Gonçalves, do Sindicato dos Servidores Públicos do Município Nossa Senhora da Glória (Sindiserve/Glória), Carlos Augusto, do Sindicato de Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias do Município de Aracaju (SACEMA) e Alberto Marques, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Aquidabã (STTR/Aquidabã).

Como observadores, a Plenária elegeu Maria Augusta Alves, do Sintese, Adenilde Dantas, do Sintese, Igor Baima, do Sindicato dos Servidores em Conselhos e Ordens de Fiscalização Profissional e Entidades Coligadas e Afins do Estado de Sergipe (SINDISCOSE) e Marcos Antônio, do Sindimina Sindicato dos Trab Indústria Extração Minerais (Sindimina/SE).

 

Moções Aprovadas

Diante da atual conjuntura política, a plenária aprovou 11 moções. Dois dos documentos abordaram a privatização e seus impactos negativos nos serviços públicos, demissões e desemprego: moção de repúdio à privatização da água em Sergipe; moção de repúdio contra o desmonte do serviço público e repúdio a escândalos empresariais.

A plenária também aprovou uma Moção de Repúdio ao Escândalo das Americanas, denunciando a fraude bilionária que prejudicou trabalhadores, pequenos fornecedores e investidores, caracterizando-a como um crime contra a economia popular e o erário público.

 

Defesa da Autonomia Sindical

Além disso, foi provada foi a Moção de Repúdio às Interferências Políticas e Financeiras da CUT Nacional na FNU (Federação Nacional dos Urbanitários), reafirmando a necessidade de autonomia nas decisões sindicais.

No eixo econômico, foi aprovada a Moção de Repúdio ao Arcabouço Fiscal e Seus Impactos Sociais. O documento critica a manutenção da lógica de restrição aos investimentos públicos e a políticas sociais essenciais, apesar da substituição do antigo teto de gastos.

 

Meio Ambiente e Licenciamento Ambiental

Sobre questões ambientais, a plenária aprovou a Moção de Repúdio aos Deputados Federais Sergipanos que Votaram a Favor do PL da Devastação, destacando os seguintes parlamentares: Rodrigo Valadares (União Brasil); Ícaro de Valmir (PL); Nitinho (PSD); Katarina Feitosa (PSD).

O texto condena o apoio ao projeto, que fragiliza o licenciamento ambiental, ameaçando biomas, comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhas) e a vida da população.

 

Comunicação

Na área da comunicação, a Plenária da CUT/SE aprovou uma Moção de Repúdio ao Sindicato Patronal da Comunicação (SINERTEJ), pela recusa em aceitar todas as cláusulas sociais, inclusive aquela que prevê ações efetivas de apoio aos trabalhadores vítimas de assédio moral e sexual.

Na negociação coletiva com o SINDIJOR, o sindicato patronal promoveu a desunião entre a equipe de reportagem ao restringir o pagamento de publicidade apenas ao repórter/apresentador, excluindo todos os demais profissionais envolvidos na produção de matérias publicitárias ou pagas, como cinegrafistas, produtores e editores.

Além disso, o reajuste salarial de 5,4% não repõe sequer a inflação no piso da categoria, que atualmente é de R$ 2.433,86 para uma jornada de 30 horas semanais – um dos menores valores do país.


Fonte:   Iracema - CUT Sergipe | Editado por: Walber Pinto / Foto: Iracema Corso - 30/07/2025

 

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