Notícia - Trump assina decreto que impõe tarifa de 50% ao Brasil; Adilson Araújo defende pacto em defesa do emprego e da soberania

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (30), a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, assinada pelo ex-presidente Donald Trump e confirmada pela Casa Branca, entra em vigor no próximo dia 6 de agosto e, segundo a justificativa oficial, foi tomada em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.

A decisão deve afetar diretamente a economia brasileira, sobretudo setores ligados à exportação, o que gera apreensão entre trabalhadores e movimentos sociais. Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, o impacto será sentido no cotidiano da população e exige uma resposta articulada.

“O mercado brasileiro com certeza sentirá o impacto e precisamos unir a classe trabalhadora em defesa dos seus direitos e, sobretudo, em defesa do emprego. Por isso, acredito que a melhor saída é construirmos um pacto entre a produção e o trabalho, estabelecendo caminhos para o desenvolvimento estruturado, para a proteção e geração de empregos, combatendo a precarização e fortalecendo a capacidade de consumo das famílias por meio da valorização do trabalho”, afirma.

Araújo ressalta ainda que está “no centro das reivindicações das centrais sindicais a defesa de um projeto de Brasil mais humano e menos desigual. Fazem parte dessa estratégia defender produção nacional, a proteção do emprego e da renda, fortalecer a negociação coletiva com participação social e privilegiar o debate institucional na busca permanente do diálogo social”.

Diante do novo cenário comercial, o dirigente enfatiza que é preciso “encontrar caminhos para enfrentar a crise comercial, valorizando o trabalho e o trabalhador. E isso só será capaz se a gente colocar no centro da luta política a defesa da democracia e da soberania”.

Como parte dessa mobilização, movimentos sociais e centrais sindicais estão convocando atos para o próximo dia 1º de agosto, em frente a prédios do governo dos EUA em várias cidades do Brasil. Para o presidente da CTB, as manifestações devem ser apenas o começo de uma reação organizada da sociedade civil.

“Penso que essas manifestações convocadas precisam, inclusive, ser continuadas porque toda essa provocação e tentativa de cerco com certeza não vai cessar. A defesa de um Brasil democrático e soberano é central para aqueles que lutam pela autodeterminação dos povos e nações. Então, eu penso que ganhar as ruas também vai ser um momento importante de reafirmação e de defesa do Brasil. Afinal, o Brasil é, sem sombra de dúvidas, dos brasileiros”.


Fonte:  CTB / Foto: Roberto Parizotti - 30/07/2025

 

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