Nesta sexta-feira (1º), as principais centrais sindicais brasileiras, movimentos sociais e partidos progressistas se reuniram, para o Dia Nacional de Mobilização pela Soberania Nacional. O ato, foi uma resposta contundente aos ataques do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e à taxação de 50% imposta sobre as exportações brasileiras ao país norte-americano.
A medida, considerada prejudicial à economia e ao emprego no Brasil, foi alvo de críticas dos manifestantes, que apontaram o caráter imperialista e agressivo da decisão. A escolha da data coincidiu com o início da vigência da tarifa, que ameaça setores produtivos nacionais e é vista como uma tentativa de enfraquecer a soberania do país.
Durante o ato, o presidente da CTB-SP, Rene Vicente, destacou a importância da mobilização popular diante de ameaças externas e criticou a postura da direita brasileira, que, segundo ele, se mantém omissa ou mesmo cúmplice diante das agressões ao Brasil:
“Hoje, as centrais sindicais, os movimentos sociais, a Frente Povo Sem Medo, a Frente Brasil Popular, os partidos políticos progressistas estão nas ruas para denunciar esse tarifaço criminoso de Trump contra a soberania de todas as nações do mundo. […] O governador de São Paulo, que usou o bonézinho do Trump, nesse momento está calado. É nesse momento que a gente enxerga quem são os verdadeiros defensores da pátria.”
Rene ainda exaltou a postura do presidente Lula frente ao episódio, reafirmando o compromisso dos movimentos sociais com um projeto de país soberano, desenvolvido e justo:
“O presidente Lula deu uma lição de soberania e dignidade, dizendo que não iria abaixar a cabeça perante o imperialismo estadunidense. Conte com os movimentos sociais, com as centrais sindicais, com os partidos progressistas.”
Já o vice-presidente nacional da CTB, Ubiraci Dantas, o Bira, ressaltou o caráter antinacional da política de Trump e convocou os brasileiros à resistência:
“A CTB, a CUT, a CSB, a Força, a UGT e a Nova Central estão aqui nesse momento chave da nação brasileira. O nosso povo não se curva a essa tentativa de submeter o Brasil ao capital financeiro internacional. O bandido do Trump taxou em 50%, teve que recuar, mas ainda está trazendo prejuízo e desemprego. O Brasil é nosso. Ô Trump, presta atenção: na minha pátria você não põe a mão.”
A mobilização marcou uma demonstração de unidade das forças populares em torno da defesa da soberania nacional e da valorização do trabalho. Os participantes reafirmaram o compromisso de continuar nas ruas para enfrentar quaisquer ataques que ameacem a autonomia, a democracia e o futuro do Brasil.