Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), entidade que representa mais de 12 milhões de trabalhadores em todo o país, participou na manhã desta terça-feira, 30 de setembro, do seminário Alternativas para o fim da escala de trabalho 6x1 promovido pela Câmara dos Deputados no Sesc Santana, zona norte da capital.
A iniciativa reuniu lideranças sindicais, parlamentares e empresários empenhados em construir propostas que valorizem os direitos dos trabalhadores (as) e promovam melhores condições de vida e trabalho.
Durante sua fala, Patah foi enfático ao afirmar que a jornada 6x1 é exaustiva, desumana e incompatível com os avanços sociais e tecnológicos do país. “Estamos diante de uma questão de sociedade. Que tipo de país queremos construir? O Brasil é extraordinário, e não é admissível que, em pleno 2025, com tanta tecnologia disponível, ainda não tenhamos garantido o direito ao lazer”, declarou. Ele destacou a dura realidade enfrentada por milhares de trabalhadores, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo, onde o tempo de deslocamento pode ultrapassar três horas diárias. “São uma hora e meia para ir e mais uma hora e meia para voltar. E as mulheres, quando chegam em casa, ainda enfrentam uma segunda jornada de trabalho, cuidando da casa e da família”, completou.
Patah também relembrou que todas as conquistas relacionadas à redução da jornada de trabalho foram fruto de muita luta e mobilização. Citou como exemplo a Constituição de 1988, que reduziu a carga horária semanal de 48 para 44 horas, e reforçou que o debate sobre novas transformações já está em curso. “Nada veio de graça. Cada avanço foi conquistado com união, resistência e coragem. E é assim que vamos continuar”, afirmou.
Esteve presentes também, o deputado federal Luiz Carlos Motta, vice-presidente da UGT e presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomerciário) e o secretário adjunto dos Trabalhadores Urbanitários da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Washington Santos (Maradona)
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a UGT estão firmes nesta luta. A defesa por uma jornada mais justa, que respeite a dignidade, a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, é prioridade absoluta. As entidades seguem mobilizadas, articulando ações com outras organizações, dialogando com a sociedade e pressionando os poderes públicos para que essa mudança se torne realidade.
O fim da escala 6x1 não é apenas uma pauta trabalhista — é uma demanda social, ética e humana.