Depois de quatro anos, a IndustriALL realiza o seu 4° Congresso na cidade de Sydney, Austrália, tendo como espírito a união, força e solidariedade dos trabalhadores de todo o mundo.
A abertura do congresso começou com uma cerimônia de boas-vindas à Terra, homenageando o povo Gadigal da Nação Eora, o povo originário onde acontece o encontro da IndustriALL. Após prestar respeito aos anciãos, do passado e presente, apresentações aborigene de música e dança abrilhantam o evento.
A recepção foi seguida por uma partilha da cultura Maori da Aotearoa/Nova Zelândia, com uma sequência emocionante de Kaigaranga, Mihi, Waiata e Haka que personificou os valores de respeito, coragem e solidariedade. Juntas, estas performances lembraram a todos que o nosso movimento se baseia no terreno comum da história, da luta e da humanidade.
Palavras que inspiram ação
A presidente da IndustriALL e da IF Metall, Marie Nilsson, inaugurou oficialmente o Congresso dando o tom do que seria o encontro:
“Vivemos em uma época de rápidas mudanças: tecnologias emergentes, direitos democráticos sendo questionados, forças autoritárias desafiando a liberdade e as mudanças climáticas representando uma ameaça. Mas, quando olho para o plenário do Congresso, sinto esperança. Vejo nossa força conjunta para enfrentar esses desafios, vejo poder, solidariedade. Vejo um movimento sindical global que se recusa a aceitar a injustiça. Estamos determinados a construir um futuro mais sustentável, refletido no lema do Congresso: Organizando-nos por um Futuro Justo.” Marie complementou: “Façamos deste Congresso uma celebração de solidariedade, igualdade e coragem!”
Michele O’Neil, presidente do Conselho Australiano de Sindicatos, subiu ao palco para demonstrar que a união e o sindicato organizado é que mudará a realidade do trabalhador em todo o mundo.
“Sabemos que só existe uma resposta ao capital organizado, e essa resposta é o movimento sindical organizado. Agora, mais do que nunca, a solidariedade internacional é essencial. Quando agimos com união e determinação, quando não deixamos ninguém para trás, demonstramos o poder do movimento sindical”, disse Michele.
Apresentando o orgulho do movimento trabalhista australiano, Tony Maher, presidente geral do Sindicato da Mineração e Energia, disse:
“Em nome do Sindicato da Mineração e Energia e de todos os sindicatos anfitriões da Austrália e Nova Zelândia, dou as boas-vindas ao 4° Congresso Global da IndustriALL. Meu sindicato tem participado ativamente da IndustriALL desde sua formação e, antes disso, da ICEM, a confederação global de sindicatos da mineração. Grandes empresas globais comandam a indústria de mineração australiana e sempre soubemos que estar lado a lado com os trabalhadores de todo o mundo é a melhor maneira de enfrentar quaisquer desafios que nos sejam impostos”, falou Maher.
Maher encerrou com uma calorosa recepção a Sydney, convidando os delegados a apreciarem sua beleza e se inspirarem no forte e atuante movimento sindical australiano, que se orgulha de estar ao lado dos trabalhadores em todos os lugares.
Um primeiro-ministro que fala em nome dos trabalhadores
A chegada do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, foi recebida com calor e entusiasmo, não como uma figura distante, mas como um de nós. Ele discursos para os delegados como um amigo do movimento trabalhista, com sinceridade e convicção:
“É absolutamente crucial que ninguém seja deixado para trás à medida que avançamos. Sabemos que a equidade, boas condições de trabalho e salários justos não prejudicam o mercado de trabalho. Crescimento e equidade são mais fortes juntos. Nosso propósito é eterno e é por isso que a solidariedade é, de fato, para sempre”.
Um Congresso lançado em espírito e solidariedade
A abertura do 4º Congresso da IndustriALL não foi apenas uma cerimônia, foi uma expressão viva do que nos une. Do didgeridoo ao haka, das vozes dos líderes sindicais à história dos trabalhadores que nos precederam, foi uma celebração de quem somos e do que defendemos.
Os próximos três dias darão continuidade a essa base de coragem, cultura e força coletiva, enquanto os participantes moldam o futuro da IndustriALL, organizando-se por um futuro justo onde ninguém seja deixado para trás.