Em assembleias realizadas na Marcolar, em Ribeirão Pires, Mahle e MShimizu, em São Bernardo, os trabalhadores e trabalhadoras aprovaram as propostas negociadas pelos Metalúrgicos do ABC.
Na Marcolar, em assembleia realizada no último dia 6, foi aprovada a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que será paga em duas parcelas no início do próximo ano. O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, destacou o empenho do CSE (Comitê Sindical de Empresa) durante o processo de negociação.
“A situação na Marcolar é complicada, as reuniões foram exaustivas e complexas. Mesmo diante das dificuldades, conseguimos negociar e conquistamos avanço na PLR, o que deixou a companheirada satisfeita. Nunca é fácil discutir PLR em empresas com produtos específicos, como é o caso da Marcolar”, afirmou.
“Foi uma construção coletiva entre vários atores e chegamos a um valor que foi aprovado pelos trabalhadores. Agora, é levantar a cabeça e seguir em frente porque ano que vem tem mais. É difícil, mas estamos sempre prontos para discutir qualquer assunto, seja ele bom ou ruim”, completou Marquinhos.
MShimizu
Na MShimizu, a assembleia realizada no último dia 10 também aprovou um acordo com validade de dois anos. O coordenador de área Lucas Costa Cavalcante, o Lucão, explicou que o processo de negociação foi muito difícil, intenso e contou com apoio e mobilização dos trabalhadores.
Segundo o dirigente, a mobilização dos trabalhadores foi fundamental para destravar as negociações. “Deixamos claro à direção da empresa que os trabalhadores na MShimizu mereciam um incremento no valor da PLR. A luta surtiu efeito e conseguimos avanços na mesa de negociação conquistando aumento no valor da PLR em 2025 e correção em 2026 pela data-base. Também foram conquistados quatro dias de folga, que poderão ser usufruídos até 15 de março de 2026”.
Mahle
Em assembleia realizada no último dia 11, os trabalhadores aprovaram a renovação do acordo de jornada de trabalho de 40 horas semanais e o calendário de dias-pontes.
O coordenador de área Marcelo Pereira dos Santos ressaltou o valor da aprovação deste acordo. “A jornada de 40 horas é uma conquista histórica na Mahle. Poucas empresas têm esse modelo, e é fundamental que o trabalhador reconheça o ganho que ele representa e a importância de mantê-lo”, completou.
“Por isso, nosso Sindicato defende como bandeira histórica a redução de jornada sem redução de salário na categoria e apoia o fim da escala 6 x 1”, explicou o dirigente.
O coordenador do CSE na Mahle, Cícero Alves Brito Irmão, o Assaré, ressaltou a importância da sindicalização e da unidade da categoria. “Na Mahle, mais de 80% dos trabalhadores são sindicalizados. Essa participação é o que fortalece nossa voz nas mesas de negociação e torna possível cada conquista que alcançamos”, afirmou.
Assaré também fez um balanço das conquistas internas e da categoria, como aumento real na última Campanha Salarial e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.