Notícia - Zé Dirceu avalia desafios para implementação de reformas estruturais no país

Durante a reunião do Conselho Diretivo da CNM/CUT realizada nesta terça (2) e quarta-feira (3), em São Paulo, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu apresentou uma análise da conjuntura política nacional e destacou os desafios para que o país avance em reformas estruturais consideradas fundamentais para o desenvolvimento.

Segundo Dirceu, mesmo com vitórias eleitorais nos últimos ciclos presidenciais, nas quais o Partido dos Trabalhadores venceu cinco das últimas seis disputas, o país ainda não conseguiu consolidar transformações profundas por falta de base parlamentar suficiente para aprovar mudanças de maior impacto.

O ex-ministro também afirmou acreditar que o presidente Lula tem condições de vencer as eleições de 2026, mas reforçou que a capacidade de governabilidade dependerá da construção de maiorias no Congresso Nacional e a importância de eleger deputados e senadores progressistas. 

“Hoje nós temos uma tomada de consciência da população de que os pobres devem pagar menos impostos e os ricos pagarem mais, uma consciência da desigualdade de renda do país. Existe também uma pequena revolução da juventude, que se rebela contra jornadas extenuantes, como a luta contra a escala 6x1”, afirmou.

Ele também comentou o chamado “tarifaço” imposto pelo governo Donald Trump ao Brasil, avaliando o episódio como um teste de força para o país no cenário internacional e como parte de uma disputa geopolítica maior.

“Nós não temos ideia da dimensão do Brasil no mundo. O tarifaço foi um pretexto para os Estados Unidos impedirem o Brasil de alcançar seu potencial de crescimento e se tornar uma nação desenvolvida, assim como China e Índia, influenciando com maior peso o continente latino-americano”, disse Dirceu.

Após a análise, os dirigentes da Confederação seguiram com debates sobre os segmentos industriais e a organização dos coletivos, encerrando o primeiro dia de atividades.

Nesta quarta-feira (3), os trabalhos prosseguem com foco nas negociações coletivas, campanhas salariais e nas perspectivas de atuação da CNM/CUT para o próximo biênio.


Fonte:  Redação CNM/CUT / Foto: Cadu Bazilevski - 03/12/2025

 

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