A lei que proíbe o transporte de cargas vivas na área urbana de Santos, aprovada pela câmara e sancionada pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), prejudica o ganho dos trabalhadores do porto.
A reclamação é do presidente do sindicato dos operários portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado ‘Miro’. Ele acha que deveria haver fiscalização para coibir maus tratos aos animais, mas não a proibição.
“É claro que não queremos o sofrimento dos animais”, diz o sindicalista.
“Mas isso pode ser impedido com cuidados determinados por especialistas e protetores, fiscalizados pela prefeitura”.
Miro pondera que a vinda de gado e outros animais para exportação pelo porto geraria trabalho e renda. E que a proibição, por meio da lei do vereador Benedito Furtado (PSB), prejudica a categoria.
O presidente do Sintraport reclama que o vereador e o prefeito deveriam ter conversado com os sindicalistas do porto antes de fazer e promulgar a lei.
Miro lembra que o vereador é de origem portuária, onde foi presidente do sindicato dos empregados na administração (Sindaport) por várias gestões, e que Paulo Alexandre se relaciona bem com o segmento.
“Custava terem nos chamado para conversar? Poderíamos ter colaborado para que o transporte de carga viva fosse feito dentro de padrões condizentes com a corrente protecionista em voga”, finaliza o dirigente.