A greve dos servidores do INSS completou, na quarta-feira (23), a marca de 100 dias de mobilização. Deflagrada no dia 16 de julho, a principal reivindicação da categoria é a melhoria das condições de trabalho, da prestação dos serviços da Previdência Social à população e valorização da carreira.
No entanto, tem sido com intransigência, desrespeito e medidas antissindicais que a direção do INSS e o governo Lula têm tratado a mobilização. Portarias de corte de ponto e a tentativa de impor um acordo negociado com uma entidade chapa branca, ligada à CUT, foram algumas das medidas tomadas. O tal “acordo” que o governo alega ter “encerrado” a campanha não representa a maioria da categoria e foi rejeitado até mesmo nas bases desta entidade.
Em nota sobre os 100 dias de greve, divulgada nesta quarta, a FENASPS (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), salienta as justas causas da mobilização e a falta de negociação por parte do governo.
“A greve reflete uma luta dos servidores e servidoras por melhores condições de trabalho, reajustes salariais e investimentos na estrutura de atendimento, que há muito tempo se encontra sobrecarregada. Essas demandas têm sido apresentadas ao governo em busca de uma solução, mas, até o momento, não houve acordo entre as partes”, afirma trecho do documento.
A federação afirma ainda que a intransigência do governo Lula em negociar as pautas da greve tem prejudicado a população, especialmente as camadas mais vulneráveis, que já enfrentam desafios significativos no acesso aos seus direitos.
Os sindicatos reforçam a exigência para que o Governo Federal estabeleça canais efetivos de negociação de forma transparente e rápida, priorizando o interesse público.
No documento, a FENASPS destaca também que é fundamental que a população se engaje ativamente na luta em defesa da Previdência Social e dos serviços públicos, que são conquistas do povo brasileiro, obtidos ao longo de anos e que garantem proteção social a milhões de brasileiros.
Lula, respeite os servidores do INSS! Reabertura das negociações, já!
A CSP-Conlutas apoia os servidores e servidoras do INSS desde o início e tem repudiado a postura antissindical e autoritária do governo Lula e sua política de ajuste fiscal que só serve aos interesses de banqueiros e especuladores.
É absurdo que, em nome do arcabouço fiscal, o governo continue a massacrar os trabalhadores do serviço público, prejudicando não apenas os servidores, mas toda a sociedade que depende desses serviços essenciais.
Greve é um direito! Lula, respeite os servidores do INSS! Pelo atendimento das reivindicações dos trabalhadores! Abaixo o arcabouço fiscal!