Com apoio do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região, cerca de 300 trabalhadores da educação municipal, entre professores, cozinheiras e ADIs, realizaram nesta terça-feira, dia 3, uma passeata pelas ruas de Mairiporã após deliberarem em assembleia, no dia anterior, uma paralisação de três dias por melhores condições de trabalho e aumento salarial. A greve, que tem previsão de seguir até o dia 5 de junho, denuncia a precariedade das escolas da rede pública e cobra providências urgentes do poder público.
As reivindicações incluem, além de reajuste salarial, infraestrutura mínima para o exercício das atividades educacionais. Professores relatam falta de papel higiênico nas escolas, ausência de profissionais qualificados para o atendimento a crianças com deficiência, especialmente aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e até risco de desabamento em algumas unidades escolares.
O movimento grevista é liderado pelo Sindicato dos Servidores Municipais, cujo presidente, Reginaldo Rogério, destacou a adesão espontânea da categoria e o apoio de outras entidades sindicais.
Durante o ato, os manifestantes caminharam até a sede da Secretaria de Educação, onde não foram recebidos pela secretária, e seguiram em direção à Prefeitura para exigir diálogo direto com o prefeito Aladim. Além disso, o movimento pretende também buscar apoio da Câmara Municipal para fortalecer a mobilização.
Sindicatos de outras categorias, como os condutores de Guarulhos, o Sindicato da Construção Civil e o SindPetro também se uniram à manifestação. Pelos Bancários de Guarulhos e Região estiveram presentes os diretores Jessé Costa, Roberto Leite e João Cardoso.
Para João Cardoso, secretário de Comunicação dos bancários e morador de Mairiporã, a luta dos educadores é de toda a cidade:
“Para nós é uma honra e uma satisfação poder ajudar essa categoria tão importante para a cidade e para o Brasil, na luta justa e digna por melhores condições de trabalho para o bem dos trabalhadores e de toda a sociedade de Mairiporã, em especial àqueles que dependem da escola pública”.
A expectativa é que o movimento pressione a gestão municipal a abrir um canal efetivo de diálogo e promova melhorias concretas para o sistema educacional da cidade.