A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) iniciou a semana cobrando das bancadas patronais propostas para o avanço das negociações da Campanha Salarial 2023. Todos os grupos patronais receberam, na semana passada, aviso de greve e o prazo para retorno dos patrões com propostas que atendam as reivindicações da categoria venceu nesta segunda-feira, 16.
Os metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP cobram a reposição integral da inflação – acumulada em 4,06% em 12 meses – e aumento real de pelo menos 2% nos salários, o que dá um reajuste total de 6,14%, além da renovação e ampliação dos direitos estabelecidos nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). Esta foi a proposta da Federação para os grupos patronais.
Até a semana passada, as propostas apresentadas pelas bancadas patronais não atendiam as reivindicações dos metalúrgicos. Diante da situação, os trabalhadores em todo o Estado de São Paulo aprovaram o protocolo de aviso de greve e esperam respostas positivas dos patrões nesta semana.
Além disso, os sindicatos filiados à Federação continuam com as assembleias de mobilização em suas respectivas bases, inclusive com a paralisação temporária dos trabalhadores para pressionar os patrões. Caso não haja propostas das bancadas patronais no início dessa semana, as entidades sindicais vão procurar as empresas e, se não houver acordo, novas paralisações irão ocorrer.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, explica que a entidade tem trabalhado para fechar a Campanha Salarial 2023 para todos os metalúrgicos da base da CUT no estado de São Paulo e reforça que o diálogo é muito importante, mas que não irá deixar de fazer a luta em prol de conquistas para a categoria.
“As negociações são sempre o melhor caminho para buscarmos nossas reivindicações e é isso que temos buscado exaustivamente. No entanto, se o patronal não seder para as reivindicações da categoria, estamos preparados para usarmos outros meios legais de garantir que o trabalho dos metalúrgicos e metalúrgicas seja valorizado, com aumento real nos salários e a garantia dos direitos”.